Foram avaliados o perfil fermentativo, a população microbiana, perdas e recuperação de matéria seca, e estabilidade aeróbia de silagens de grãos de milho e sorgo moídos e reidratados, ao longo de um ano de fermentação. No experimento I silos bags foram abertos aos 1, 3, 7, 21, 56, 90, 180 e 270 dias com três repetições para cada tratamento, para avaliação do perfil fermentativo, matéria seca, proteína bruta e microbiologia das silagens. No experimento II, silos baldes (12 L) foram abertos aos 120 e 360 dias de fermentação com quatro repetições por tratamento para determinação de perdas, recuperação de matéria seca e estabilidade aeróbia das silagens. A estabilidade aeróbia foi definida como o tempo que as silagens permaneceram estáveis antes de atingir 2°C em relação a temperatura ambiente. Ambos os silos foram submetidos a análise de qualidade fermentativa, microbiologia e composição química. Para os tempos 180 e 360 dias avaliou-se proteína solúvel e FDNcp. Para o experimento I foi utilizado um esquema fatorial 2 x 3 x 8, grão de milho ou grão de sorgo (G), controle, inoculante Lalsil AS ou Lalsil Milho (I) e 8 tempos de fermentação (T) (1, 3, 7, 21, 56, 90, 180 e 270 dias), no delineamento inteiramente casualizado. No experimento II foi realizado dois esquema fatorial. O primeiro consistiu de um fatorial 2 x 3 x 2, grão de milho ou grão de sorgo (G), controle, inoculante Lalsil AS ou Lalsil Milho (I) e 2 tempos de fermentação (120 e 360 dias) para quantificação do perfil fermentativo, matéria seca, proteína bruta, perdas e microbiologia das silagens. O segundo esquema fatorial 2 x 3 x 2 foi realizado para avaliação da estabilidade aeróbia e recuperação de matéria seca. Utilizou-se um esquema fatorial 2 x 3 x 2 aos 180 e 360 dias de fermentação para análise de FDNcp e proteína solúvel. Ambos os grãos foram moídos a 3 mm, hidratados e inoculados ou não, visando um teor de matéria seca de 70%. As unidades experimentais tratadas com inoculante, utilizou-se a taxa de inoculação de 105 UFC/g junto a água utilizada para reidratação, a silagem controle recebeu apenas água. As silagens do experimento I foram selados em plásticos de 25 × 35 cm a vácuo, e as avaliadas aos 120 e 360 dias de fermentação foram ensilados em balde. No experimento I, não se observou efeito de interação tripla I x G x T (p>0,05) apenas para as variáveis ácido propiônico, matéria seca e proteína bruta. No experimento II, observou efeito de interação tripla I x G x T (p<0,05) para ácido acético, enterobactérias, BAL e fungos. Perdas de matéria seca foram afetadas (p<0,05) pelos fatores I x G, G x T e I x T. Estabilidade aeróbia apresentou efeito de interação para os fatores I x G e I x T. A RMS foi afetada pelos fotres I e G x T. A variável FDNcp apresentou efeito de interação para os fatores I x G e G x T, no entanto a proteína solúvel foi afetada apenas pelos fatores inoculante e tipo de grão. A SGMR apresentou maior teor de proteína solúvel em relação a SGSR, porém não houve melhorias com o aumento do tempo de armazenamento. Observou maior concentração de ácido acético ao utilizar o aditivo Lalsil AS a partir de 56 dias na silagem de milho e 90 dias na silagem de sorgo, contudo a utilização desse aditivo não proporcionou melhorias na estabilidade aeróbia das silagens. A adição de inoculantes microbianos não melhora a estabilidade aeróbia de silagens de grãos de milho e sorgo reidratados, avaliados durante 7 dias de exposição aeróbia. O Lalsil AS reduziu as perdas de matéria seca durante a exposição aeróbia, enquanto o aditivo Lalsil Milho aumentou. Silagens armazenadas por maior tempo são mais estáveis e proporcionam menor perda e maior índice de recuperação de matéria seca.