O Brasil possui o maior rebanho de equinos na América Latina, deste quantitativo, o
Estado do Maranhão detém o quarto maior de asininos e terceiro maior de muares. Os
equídeos em geral, são destacados pela elevada susceptibilidade a diferentes tipos virais,
representando fortes indicadores, ou mesmo sentinelas da circulação de determinados
agentes em uma região. As enfermidades têm aumentado nesses animais, em virtude
principalmente do trânsito intenso, quando se considera as principais zoonoses virais
que acometem essa espécie como as encefalomielites equinas leste, oeste e a Influenza
Equina. Embora a ocorrência dessas doenças seja bem esclarecidas em boa parte do
Brasil, no Maranhão, sobretudo na região dos Lençóis Maranhenses não existe dados.
Destacando-se a emergência de doenças infecciosas em equinos em todo o mundo,
sobretudo no Brasil, e a importância do conhecimento da ocorrência de determinada
doença para que se possa fomentar medidas de prevenção e controle, esse trabalho teve
como objetivo identificar a frequência de IE cepa H3N8, e EEL e EEO em equídeos na
região dos Lençóis Maranhenses. Para tanto, coletou-se amostras de sangue de animais
de 6 municípios, somando 19 povoados, com 443 animais amostrados. As amostras
foram submetidas ao teste de Inibição de Hemaglutinação para IE, com titulação até
1:2560, e para EEL e EEO empregou-se a Técnica de Soroneutralizacão. Das 443
amostras analisadas 138 (31,2%) apresentaram anticorpos para IE com títulos variando
de 1:20 até 1:640, 22,12% (99/443) foram reagentes a EEL e 1,35% (6/443) para EEO.
Três animais foram reagentes concomitantemente para IE, EEL e EEO. Portanto, há a
circulação das três estirpes virais nos equídeos da região dos Lençóis Maranhenses,
ressaltando-se a importância para elaboração de medidas de prevenção e controle dessas
enfermidades, uma vez que tratam-se de zoonoses com vários surtos relatado pelo
mundo.