O potencial erosivo das chuvas é imprescindível para predizer as perdas de solo causadas pela erosão hídrica. O conhecimento deste fator possibilitará auxiliar no planejamento do uso e manejo do solo, tanto em áreas urbanas como em áreas rurais. O índice de erosividade das chuvas (EI30) é obtido pela multiplicação da energia cinética total da chuva e sua intensidade máxima em 30 minutos. Este trabalho tem como objetivo caracterizar as chuvas naturais do município de Picos, PI, durante um período de 2006 a 2016, determinar a erosividade, ou seja, o fator R da Equação Universal de Perda de Solos (EUPS), o padrão e o período de retorno. Foram utilizados os registros pluviográficos diários, os quais foram agrupados por ordem cronológica, meses e anos. Foram avaliadas 442 chuvas, registradas em pluviogramas diários. Os registros de chuva nos pluviogramas foram contados considerando os segmentos de intensidade uniforme. Os dados de cada segmento de chuvas individuais e erosivas foram anotados em planilha do Excel e processado pelo programa Chuveros, o qual calcula o índice EI30, os totais mensais e anuais da precipitação e determina os padrões hidrológicos das chuvas. A erosividade mensal variou de zero, nos meses em que não ocorreram chuvas erosivas a 2.624,4 MJ mm ha-1 h-1, no mês de janeiro de 2016. Os maiores valores de erosividade média mensal obtidos foram 851,97 e 766,64 MJ mm ha-1 h-1 nos meses de janeiro e março, respectivamente, representando 46,78% da erosividade média anual. Os valores da erosividade anual variaram de 1.628,3 MJ mm ha-1 h-1 ano-1 no ano de 2012 a 6.536,60 MJ mm ha-1 h-1 ano-1 no ano de 2006. A erosividade média anual (R) variou de 3.460,0 ± 1.755,21 MJ mm ha-1 h-1 ano-1 e o coeficiente de variação foi de 51%, caracterizada como de médio potencial erosivo. O período de retorno do EI30 em Picos, PI para um período de 08 (oito) anos está associado a 12,5% de probabilidade enquanto que o período de retorno de um ano está associado a 87,5% de probabilidade de ocorrência; o padrão avançado foi o de maior ocorrência com 58% das chuvas erosivas, seguido pelo intermediário com 24,44% e o atrasado com 17,56%.