Esta pesquisa visa verificar o potencial elicitador de Bacillus thuringiensis associado com biofertilizante do tipo VAIRO na produção do bioativo cumarina presente na Mikania laevigata Sch. Bip. ex Baker. O preparo do material vegetal utilizou a planta matriz de M. laevigata obtida da coleção da Unidade de biotecnologia da UNAERP - campus Ribeirão Preto (SP). Foram preparados 450 clones de M. laevigata, contendo duas gemas por clone e uma folha com apenas a metade de sua área foliar. Após 120 dias, os clones foram transplantados em vasos e acondicionados na Casa de Vegetação da Unidade de Biotecnologia, durante 150 dias. As plantas clones foram selecionadas pela homogeneidade, formando-se conjuntos de nove indivíduos (três repetições de três plantas) e oito tratamentos: H2O destilada estéril com DMSO (150 μM); Biofertilizante Vairo (1:0,5); Ácido Jasmônico (150 μM); Biofertilizante Vairo com Ácido Jasmônico; Dipel (Btk) (150mL/100L); Xentari (Bta) (100g/100L); Dipel com Biofertilizante e Xentari com Biofertilizante. O delineamento experimental foi realizado em quatro períodos de exposição: 24, 48, 168 e 720h, pulverizando individualmente 22mL da solução em cada planta/período de exposição, totalizando 288 plantas tratadas. As amostras foliares de cada tratamento foram reunidas, gerando três amostras. Para as extrações foram pesados 200 mg de cada amostra, trituradas e mantidas em banho de ultrassom por trinta minutos, sendo então filtradas em membranas de 0,45 μM e acondicionadas em “vials” de 1mL. As extrações foram realizadas em triplicatas. As análises estatísticas permitiram observar que nos períodos de 48 e 168 horas apresentaram maior efetividade quanto ao aumento da concentração do bioativo cumarina sendo que, em 168 horas a quantidade deste metabólito foi mais significativa entre todos os períodos avaliados. Neste sentido, podemos recomendar ao agricultor familiar a aplicação de biofertilizante Vairo e B. thuringiesis como elicitadores de cumarina em plantas de M. laevigata. O presente trabalho oportunizou realizar ensaios com os extratos de Mikania laevigata, previamente tratadas com biofertilizante orgânico e Bacillus thuringiensis, com o objetivo de avaliar o potencial fungicida para Fusarium sp. e Sclerotinia sp.. Realizou-se o método de incubação, onde 1mL da suspensão de cada fungo, a 1x105 esporos juntamente com 1mL dos diferentes extratos de M. laevigata, no período de uma hora, à temperatura ambiente. Na testemunha foi utilizada a incubação sem a presença dos extratos de M. laevigata. Em seguida, foram aplicadas 100μL dessa solução em meio BDA, em triplicatas. Os resultados demonstraram que os tratamentos aplicados em Fusarium sp. apresentaram diferença estatística para UFC entre os tratamentos com Vairo, Ac. Jasmônico, a interação destes e entre Vairo + Xentari e Dipel. Para a conidiogênese houve diferença estatística entre as plantas tratadas com água e DMSO e os demais tratamentos. Para Sclerotinia sp. não houve diferença estatística entre nenhum tratamentos para UFC. Para conidiogênese a diferença estatística foi entre os tratamentos com água, Xentari e Dipel, e os demais.