A Amazônia brasileira tem registrado elevado índice de desmatamento nos últimos 26 anos, com uma queda a partir de 2004. O desmatamento florestal foi devido a um processo de ocupação em busca do crescimento econômico caracterizado pela própria política desenvolvimentista, com a implantação de grandes projetos de mineração, usinas hidroelétricas e expansão do setor agropecuária, cujo resultado foi considerável impacto ambiental. Isto influenciou negativamente nos cenários nacionais e internacionais quanto à questão ambiental, levando preocupações ao governo brasileiro e as autoridades locais (governadores, prefeitos) para que estes tomassem ações e/ou processos que revertesse o quadro de uso insustentável dos recursos naturais (floresta). Por isso, diversas políticas públicas foram implementadas para se direcionar ao desenvolvimento sustentável, como o Programa Município Verde - PMV, no estado do Pará. Neste contexto, o objetivo geral deste trabalho foi o de avaliar as políticas públicas para o setor florestal, com ênfase ao PMV, em que 17 gestores de municípios paraenses aderiram ao citado Programa, após o embargo pelo Ministério do Meio Ambiente - MMA entre 2008 e 2009, dado a alta taxa de desmatamento naqueles municípios. Para isto, se recorreu a três eixos de pesquisa, no qual, primeiramente se avalia o PMV, depois se aborda sobre políticas florestais e por fim, descreve-se sobre experiências destas políticas setoriais (florestal) em nível de se alcançar o desenvolvimento. Os resultados da pesquisa indicaram que o PMV, por si só, não tem sido eficaz nos 17 municípios analisados quanto à diminuição da taxa de desmatamento. No aspecto das políticas setoriais, embora exista avanços quanto à legislação, na prática há um fraco desempenho, dado que o reflorestamento e manejo ainda são baixo na região quanto comparado às demais e, por fim, em termos de práticas exitosas para se produzir de forma sustentável, ainda são poucas e pontuais.