Este trabalho tem por objetivo realizar uma análise sobre a participação do público
idoso no mercado de trabalho brasileiro por meio dos dados extraídos da Pesquisa Nacional
por Amostra de Domicílios (PNAD) para os anos de 2001 a 2015. Apresenta-se uma
abordagem sobre a legislação protetiva dos direitos dos idosos, sobretudo, no mercado de
trabalho. Igualmente, são abordados os aspectos educacionais e aspectos sobre a
responsabilidade social e sustentabilidade empresarial para a efetiva participação do idoso no
mercado de trabalho. Para investigar a questão da participação (inserção ou reinserção) do
idoso no mercado de trabalho são analisadas as seguintes variáveis demográficas: idade, sexo,
cor, região, população urbana e rural; variáveis educacionais: alfabetização, taxa de
analfabetismo, média de anos de estudo e nível de instrução, e mão de obra: condições de
atividade e ocupação. Para a realização do presente trabalho desenvolve-se uma pesquisa
bibliográfica documental analisando a literatura especializada, enriquecida pelo
acompanhamento da tramitação no Congresso Nacional de projetos de leis sobre o assunto e
leis do ordenamento jurídico pátrio. Após, realiza-se uma análise do perfil do idoso brasileiro
utilizando os dados da Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílios para os anos de 2001 a
2015. Os resultados permitem constatar o envelhecimento gradativo e irreversível da
população brasileira, com o expressivo aumento da expectativa de vida. Mostra-se que o
envelhecimento populacional ocorre de formas distintas de acordo com as Grandes Regiões
brasileiras, em razão das desigualdades econômicas e sociais. Ainda, é demonstrada a
altíssima taxa de analfabetismo da população idosa, sobretudo, em relação aos outros grupos
etários. Constata-se que há várias razões para o idoso permanecer ou retornar ao mercado de
trabalho, como a participação da vida social, a interação com outras pessoas, contribuindo
para afastar o idoso do isolamento, da depressão e a complementação da renda no caso dos
aposentados ou pensionistas, pois, comumente, o valor da aposentadoria é insatisfatório e não
cobre todas as despesas. Conclui-se que os idosos estão participando mais do mercado de
trabalho, pois houve um aumento da proporção da força de trabalho desse grupo etário.
Enfim, a tendência, conforme as projeções, é o aumento expressivo da população de 60 anos
ou mais no Brasil e, por conseguinte, da participação no mercado de trabalho. Sob este
prisma, após analisar o perfil do público idoso brasileiro, vislumbra-se a necessidade de criar
leis e políticas públicas mais específicas, considerando, as diferenças regionais, garantindo,
desta forma, a efetivação dos direitos dos idosos, sobretudo, no mercado de trabalho. O estudodessa temática poderá ajudar na reflexão de como as organizações e a sociedade devem ser
reorganizadas em virtude do crescente envelhecimento populacional