A broca-do-morangueiro, Lobiopa insularis (Coleoptera: Nitidulidae), é uma importante praga do morangueiro. Tanto larvas quanto adultos se alimentam dos frutos, inviabilizando-os para consumo e comercialização. A medida de controle mais utilizada é através de inseticidas sintéticos, que apresentam longo período de carência, baixa eficiência e alto impacto ambiental. Assim, visando minimizar o uso de inseticidas, contribuir no monitoramento da população da praga e no controle mais efetivo, objetivou-se extrair e identificar o feromônio de Lobiopa insularis e testar a atratividade em campo. Os semioquímicos foram coletados através da técnica de aeração entre 12 a 24 horas em câmaras de vidro contendo separadamente, machos e fêmeas mais a fonte alimentar (morango). Os extratos contendo os voláteis adsorvidos foram analisados em Cromatógrafo Gasoso (CG) e CG acoplado ao espectrômetro de massas (CG-EM) e a caracterização química foi concluída através de coinjeções com os compostos sintéticos e sintético mais o extrato natural, além das comparações de Índices de Kovats (KI) e com a biblioteca do CG-EM. Armadilhas do tipo pitfall iscadas com diferentes combinações dos compostos mais a dieta (morango) foram instaladas aleatoriamente em canteiros de morangueiros para avaliar a atratividade dos compostos extraídos. Nos extratos analisados foram identificados três compostos macho-específicos, sendo duas cetonas e um álcool, 2-nonanona, 2-undecanona e 2-undecanol, respectivamente. Estes foram liberados nas quantidades de 0,3:6,03:1,5 ng/inseto/24h ou na proporção de 3:88:9, respectivamente, apenas durante a escotofase. O composto 2-undecanol apresentou a composição enantiomérica na proporção de 3,5:1, dos isômeros S e R, respectivamente. O tratamento T3 (2-undecanona + 2-nonanona + morango) diferiu dos tratamentos T2 (2-undecanona + 2-undecanol + morango), T4 (2-undecanona + morango) (P = 0,01) e T5 (hexano + morango) (P = 0,001). Nas armadilhas com iscadas, foram capturados ambos 59% de machos e 41% de fêmeas, indicando que o feromônio de L. insularis tem função de agregação. A mistura ternária (T1) não diferiu da binária (T2) em atratividade, o mesmo se observou entre os tratamentos (T1) e às cetonas binárias (T3). A mistura das cetonas é a mais promissora como atrativo em campo para adultos de L. insularis pela eficiência e menor custo.