Esse trabalho foi realizado com base em dois experimentos, onde objetivou-se quantificar
e avaliar a contaminação mineral proveniente da saliva na extrusa de caprinos no período
seco, transição e chuvoso. Os períodos de coletadas de dados se deram em novembro de
2014 a abril de 2015. Os minerais avaliados foram: Sódio (Na), Fósforo (P), Potássio (K),
Cálcio (Ca), Magnésio (Mg), Enxofre (S), Ferro (Fe), Manganês (Mn), Zinco (Zn), Cobre
(Cu), Selênio (Se), Cromo (Cr), Molibdênio (Mo) e Cobalto (Co). Foram coletadas
extrusas de animais fistulados no rúmen. Em cada período, foi realizado o esvaziamento
do rúmen e fornecido o pasto nativo, com parte já separada para análises e por meio da
diferença se obteve a contaminação (%). O delineamento experimental utilizado foi o
inteiramente casualizado, com fatorial, 3x2. As contaminações em % MS foram (P<0,05)
para P (394,27%; 342,98%; 745,34%) e Na (493,43%; 440,49%; 2759%) nos períodos
seco, transição e chuvoso respectivamente dentro de cada mineral, Ca (122,55% e
51,17%) nos períodos seco e transição respectivamente, S (31,96%) no período seco. O
Mg, com valores decrescentes de 29,69% e 18,13% nos períodos transição e chuvoso
respectivamente, K com valores abaixo do pasto 29,69% e 18,13% (% MS) períodos seco
e transição respectivamente. A contaminação foi (P<0,05) para Cu (138,18%; 133,87%;
91,99%), Zn (201,02%; 92,25%; 75,34%), Se (94,36%; 52,02%; 244,84%) e Mo (319,66;
196,35; 160,85) nos períodos seco, transição e chuvoso para cada mineral, Mn (34,62%)
no período chuvoso, Fe (215,77%) no período seco, Cr (204,19%) no período de transição
e Co (474,53% e 262,64) no período seco e transição respectivamente. Os minerais
tiveram seus teores alterados quando o alimento entrou em contato com a saliva. No
segundo experimento, objetivou-se determinar o balanço de minerais na dieta de caprinos
em Caatinga, em três épocas do ano. Foram realizadas coletas de extrusa ruminal e nesta
determinada os balanços de: Sódio (Na), Fósforo (P), Potássio (K), Cálcio (Ca), Magnésio
(Mg), Enxofre (S), Ferro (Fe), Manganês (Mn), Zinco (Zn), Cobre (Cu), Selênio (Se),
Cromo (Cr), Molibdênio (Mo) e Cobalto (Co). Os minerais deficientes, com os
respectivos balanços negativos na dieta, na época seca foram: P (0,46 g.d-1); S (0,43 g.d-1); Cu (14,56 mg.d-1
); Se (0,17 mg.d-1); Mo (0,66 mg.d-1); Co (0,03 mg.d-1); Zn (1,29mg.d-1). Na época de transição: P (0,33 g.d-1
); Cu (11,58 mg.d-1); Se (0,190 mg.d-1); Mo(0,51 mg.d-1). Na época chuvosa: Na (0,48 g.d-1); Cu (8,72 mg.d-1
); Se (0,25 mg.d-1); Mo(0,25 mg.d-1). Além da deficiência dietética dos minerais, foi observado desequilíbrio na
relação entre minerais, a exemplo do Ca:P, 19:1. Os resultados deixam claro que a disponibilidade dos minerais na forragem da Caatinga é dependente de época. Conclui-se que ao se elaborar os suplementos minerais essas deficiências específicas da região, bem como a relação entre os minerais, devem ser observadas.