Com o surgimento de novas linhagens, devido ao intenso melhoramento genético que a suinocultura vem passando nos últimos anos, veio também a necessidade de adequar de forma mais precisa a dieta das matrizes suínas atuais, que são mais exigentes nutricionalmente. A utilização de aminoácidos funcionais tem o objetivo de otimizar a produção dessas matrizes e entre esses aminoácidos vem se destacando a arginina. A arginina está envolvida em diversas rotas metabólicas importantes, como por exemplo, ela serve de substrato para a síntese de proteína, creatina, óxido nítrico, poliaminas, citrulina, agmatina, ornitina, prolina e glutamato. Também ajuda a estimular a secreção de alguns hormônios como a insulina, prolactina e hormônio do crescimento. Com essas funções, tem-se sugerido que a suplementação de arginina na ração de lactação pode melhorar o desenvolvimento da glândula mamária e o perfil nutricional do leite, proporcionando assim um melhor desenvolvimento aos leitões. Com isso, objetivou-se avaliar o efeito da suplementação da ração de lactação com L-Arginina sobre o desempenho produtivo de matrizes suínas primíparas e de suas respectivas leitegadas. Foram usadas 140 matrizes suínas de mesma linhagem genética em uma granja comercial, localizada no município de Oliveira, MG. O delineamento utilizado foi inteiramente casualizado, com cinco tratamentos: ração controle sem a suplementação do aminoácido e quatro rações com suplementação de L-Arginina (contendo 98,5% de pureza), sendo, 0,5; 1,0; 1,5 e 2,0%. Foram utilizadas 28 matrizes por tratamento, sendo a unidade experimental a matriz e sua leitegada. A suplementação do aminoácido foi realizada na forma on top. Os dados obtidos foram submetidos à análise de variância utilizando-se o Programa de Análise Estatística e Genética: versão 9.1 (SISTEMA PARA ANÁLISES ESTATÍSTICAS - SAEG, 2005). Os dados referentes aos dias de lactação foram comparados pelo teste Tukey (5%). Os níveis de suplementação de L-Arginina na ração de lactação não influenciaram (P>0,05) o consumo de ração médio diário, as variáveis de condição corporal e os parâmetros sanguíneos das matrizes (ureia, creatinina e ácidos graxos não esterificados), assim como também não influenciou a matéria seca, proteína bruta e perfil aminoacídico do leite e o desempenho da leitegada. Houve efeito (P<0,05) dos dias de lactação sobre a porcentagem de proteína bruta e aminoácidos no leite, que reduziram em função dos dias de lactação. A suplementação on top de L-Arginina na ração de lactação nos níveis 0,5; 1,0; 1,5 e 2,0% não influencia o desempenho da matriz suína e da sua respectiva leitegada.