O trabalho tem como tema a Ação Integralista Brasileira (AIB), um movimento e partido consolidado no Brasil entre 1932 e 1938, quando, então, é relegado à ilegalidade e tem suas últimas tentativas para a tomada do poder, durante o já implantado Estado Novo. O objeto de pesquisa abrange a atuação do integralismo na região oeste paranaense, no maior município da época, em aspecto territorial, Guarapuava/PR, com fronteiras desde o centro-oeste, onde hoje se localiza, até o noroeste do Estado. Na região, o movimento empreendeu sua política de expansão e fundou em fevereiro de 1935 o núcleo na cidade de Guarapuava. Sendo assim, o período da pesquisa compreende desde sua fundação até seu desmantelamento, de 1935 a 1938, tempo em que, com um programa fascista, agregou principalmente as classes médias em oposição ao programa realizado pelas oligarquias tradicionais, com a política federalista e a prática do coronelismo. Com isso, o objetivo do trabalho está em entender a AIB e explicar os conflitos políticos entre integralistas e oligarquias, provocados pela luta pelo poder regional e agravados na conjuntura de implantação do Estado Novo. O ápice desse conflito acontece com o assassinato do fundador e chefe integralista na região em janeiro de 1938 e, posteriormente, com a tentativa de tomada de poder, Intentona Verde, em março de 1938. O estudo justifica-se por trazer o debate sobre o fenômeno fascista, recorrente na atualidade, e também por elucidar questões sobre os conflitos políticos entre lideranças locais e a pertinência do coronelismo enquanto prática política nessa região, através dos pressupostos investigativos da história social. Portanto, a pesquisa traz conclusões preliminares a respeito do surgimento de fenômenos fascistas e como essa tentativa de disciplinar a luta de classes a fim de desenvolver a nação brasileira, através da sua realidade produtiva da terra, provocou conflitos com as oligarquias tradicionais em Guarapuava.