As plantas produzem diversas substâncias e produtos e os metabólitos primários e secundários (MS) estão entre eles, apresentando tanto efeitos benéficos como limitação de utilização. Geralmente, a forrageiras não são consideradas tóxicas aos animais ou como fonte de MS. As espécies de braquiárias são caracterizadas pelo alto valor nutricional, entretando a Brachiaria decumbens é a espécie mais tóxica para causar a fotossensibilização. A ausência de informações detalhadas na literatura a respeito de MS, sua produção e perfil químico nos faz focar não somente no aumento da produção de matéria fresca e no valor nutritivo da planta mas, em obter respostas em todos os aspectos e na redução de sua toxicidade. O estudo foi conduzido no período de dezembro 2013 ate dezembro 2014, em casa de vegetação localizada na FZEA-USP. Utilizou-se duas alturas de corte (10 e 20 cm) e quatro doses de nitrogênio (0, 150, 300 e 450 kg·ha-1) em delineamento de blocos casualizados (4x2).
Altura, doses de N e estação afetaram significativamente o perfil de MS. Houve aumento na produção de saponina nas estações da primavera e outono devido ao estresse. A análise bromatológica foi feita por espectroscopia de infravermelho próximo. Geralmente, a aplicação de 150 kg·ha-1 de N foi suficiente para promover o valor nutricional na B. decumbens, entretanto acima desse valor a eficiência de uso de Nitrogênio decai significativamente. A maior produção de matéria seca (MS) (99,97 g/vaso) foi observada no outono e a menor foi no inverno (30,20 g/vaso). Embora, de acordo com a dose de nitrogênio, o maior rendimento médio de matéria seca foi de 150 kg·ha-1 (79,98 g/vaso). Observou-se que o maior teor de proteína bruta (CP) foi no inverno (11,88%) e o menor foi no outono (7,78%). Pelas alturas de corte, os 10 cm provaram ter alta CP (9,51%). A respeito do conteúdo fibroso, o maior teor de fibra detergente ácida foi observado no verão (36,37%) e o teor mais baixo no inverno (30,88%). Por outro lado, o teor da fibra em detergente neutro foi maior no outono e o menor teor na primavera (79,60%). As maiores digestibilidades in vitro da matéria seca e matéria orgânica foram observadas em 300 kg·ha-1 de N, sendo 68,06% e 60,57% com o menor valor observado em tratamentos sem N (62,63% e 57,97%), respectivamente.
Para determinação das classes, tipos e concentração de MS em B. decumbens, foram realizados testes por fitoquímico, cromatografia de camada fina, cromatografia líquida acoplada à espectrometria de massa e ressonância magnética nuclear.
Foi identificado um novo isômero de protodioscina (protoneodioscina (25S-) pra primeria vez na B. decumbens que é supostamente a provável razão da toxicidade. Sua estrutura foi verificada pelo 1D e 2D (1H combinação de 1D (1H, 13C) e a técnica 1D RMN (COSY-45, editado HSQC, HMBC, H2BC, HSQC-TOCSY, NOESY e 1H, 1H, J) como O-α-L -rhamnopyranosyl- (1 4) -O-β-D- glucopiranosil- (1 6) -O-β-D-6-O-acetylglucopyranosyl-] (1 2) - p-D-glucopiranosil-28 medicagen.
Todos os fatores influenciaram o perfil metabólico significativamente (P <0,0001). Para flavonas, a menor produção foi observada em outono (19,65 mg/g peso seco (p.s)) e a maior na primavera (28.87 mg/g p.s). As concentrações de saponina foram afetadas significativamente (P<0,0001) pelas estações e os resultados mostraram diferenças na protodioscina (17,63+4,3 - 22,57+2,2 p.s) e protoneodioscina (23,3+1,2 - 31,07+2,9 p.s). Os maiores teores da concentração dos isômeros de protodioscina foram observados no inverno e na primavera e em relação ao N aplicado, o maior teor foi de 300 kg·ha-1. Simplesmente, todos os fatores influenciaram significativamente a variação das concentrações dos metabólitos secundá