Realizou-se a investigação da atividade antimicrobiana dos óleos essenciais de manjericão (Ocimum basilicum L.), limão tahiti (Citrus latifolia), alecrim (Rosmarinus officinalis) e cravo da índia (Syzyguim aromaticum) sobre bactérias isoladas de carne provenientes de feiras livres e frigoríficos no município de Juazeiro-BA e Petrolina-PE. Analisou-se 17 amostras de carnes para a presença de coliformes totais e termotolerantes, Salmonella spp. e Staphylococcus aureus, onde observou-se que em todas as amostras analisadas foram detectadas a presença de coliformes totais, com valor médio variando de 1,5x101 NMP/g a >1,1x103 NMP/g e quanto a presença de coliformes termotolerantes o valor médio variando de 1,5x101 NMP/g a >1,1x103 NMP/g, onde 88,23% das amostras apresentaram-se fora dos limites máximos estabelecidos pela ANVISA, e quanto a presença de Escherichia coli confirmou-se em 13 (76,47%) amostras. Na determinação de Salmonella spp., treze (76,47%) amostras de carne analisadas apresentaram contaminação em 25g e para Staphylococcus spp., observou-se que 5 (29,41%) das amostras apresentaram-se com contagem acima do limite máximo estabelecido pela Resolução RDC nº 12/2001 da ANVISA, sendo a bactéria confirmada em todas as amostras. A avaliação da atividade antimicrobiana foi realizada pelo método de microdiluição em caldo e CBM, onde os óleos de manjericão e cravo da índia apresentaram os melhores resultados, apresentando atividade em todos os isolados testados com atividade de moderada a elevada, enquanto que os óleos de alecrim e limão tahiti apresentou apenas contra os isolados de Staphylococcus spp. com atividade de fraca a moderada. A partir desses resultados foram selecionados os óleos de manjericão e cravo da índia, devido aos melhores resultados e estabeleceu-se a concentração de 1% e 10% p/v que foram adicionados na carne moída inoculada com Salmonella enterica ATCC 10708, Escherichia coli ATCC 35218 e Staphylococcus aureus ATCC 25923 e estocadas por 24 horas a 8°C. Nos tempos de 0, 4, 6, 20 e 24 horas de armazenamento realizou-se a contagem bacteriana. Verificou-se que na concentração de 1% os óleos não diminuíram a carga microbiana, já na concentração de 10% ocorreu a diminuição de toda a carga microbiana, exceto para o óleo de manjerimanjericão para o S. aureus, onde não foi verificada redução total da carga microbiana.