Ao propor o pensamento personalista de Karol Wojtylapara contribuir com
a bioética, o trabalho leva em consideração esta figura que é das mais importantes
do século XX do ponto de vista cultural, político, histórico e religioso. Wojtyla além
de representar umas das figuras mais importantes para o personalismo adquire vulto
na bioética por conta das contribuições filosóficas e antropológicas elucidadas em
suas obras e também nos vários pronunciamentos e documentos produzidos para a
Igreja Católica nas questões de bioética, no período em que foi o Papa João Paulo
II.Pelos seus atributos e pela sua obra, ele nos auxiliará a fazer um caminho de
encontro com a verdade plena sobre o homem a partir da fé e da razão, que
reconhecerá o valor absoluto ao indivíduo enquanto tal. Este, será visto como um fim
em si mesmo e nunca como um meio, e isto o levará a uma nova dimensão na
compreensão de si próprio – a de Pessoa, que é única e não repetível e de
dignidade e nobreza que o difere de qualquer outra espécie. A atenção que Karol
Wojtyla demonstrou no período de seu pontificado com a pessoa humana, nos deixa
clara a sua preocupação em deixar pontos de referencia autênticos que conduziriam
a pessoa a construir a sua existência pessoal e social sobre um alicerce seguro,
sobre o qual sua vida e dignidade sejam asseguradas. O pensamento wojtyliano,
portanto,contribui e aprimora os conceitos chaves da bioética, apontando que o ser
humano, como pessoa, está chamado, através de sua ação, a influenciar e a
transformar o mundo que o rodeia. E que ele pode fazer isso com especial eficácia
através de instrumentos, como por exemplo, as construções teóricas que a bioética
oferece para analisar, valorar e agir, apontando caminhos e atitudes do homem
sobre o homem, sempre no sentido de amar, respeitar e defender a vida e a
dignidade, de modo especial, quando estas se encontram numa situação de
vulnerabilidade diante do progresso e da técnica.