SENHORINHO, Ludimila Mascarenhas, Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, Março de 2015. Efeito da adição de caseína em filmes à base de amido de araruta (Maranta arundinacea L.) plastificados com glicerol ou sorbitol. Orientador: Prof. Dr. Luciano Brito Rodrigues. Co-orientadores: Profª. DSc. Renata Cristina Ferreira Bonomo e Prof. DSc. Leandro Soares Santos.
O bioplástico é um material produzido a partir de matéria-prima biológica e que, quando descartado em condições que favorecem o processo de decomposição, integra-se mais rápido à natureza do que os plásticos convencionais. A utilização do amido é uma opção promissora para produção de bioplásticos porque, além de ser biodegradável, é derivado de fonte renovável, é encontrado em abundância e apresenta baixo custo de produção. O presente estudo teve como objetivo desenvolver e avaliar a resposta mecânica de bioplásticos a base de amido de araruta com adição de caseína, plastificados com glicerol ou sorbitol. Para tanto, o amido de araruta foi caracterizado e os bioplásticos foram desenvolvidos e avaliados quanto a sua espessura, solubilidade, atividade de água, cor e propriedades mecânicas. Os bioplásticos foram elaborados de acordo com a técnica tipo casting. Os tratamentos foram constituídos por uma concentração de amido, 5 concentrações de caseína e 4 concentrações de cada plastificante. A concentração utilizada de amido foi 4%, enquanto que para caseína foram utilizadas as concentrações de 0%, 2%, 4%, 6% e 8%, para o glicerol as concentrações utilizadas foram 30%, 35%, 40%, 45% e para o sorbitol 60%, 65%, 70%, 75%, todas as concentrações foram calculadas sobre a massa de amido utilizado. Para a espessura foi possível avaliar que os bioplásticos plastificados com glicerol não apresentaram diferença significativa de espessura enquanto que os plastificados por sorbitol apresentaram um aumento na espessura com o aumento do teor de caseína. Na análise de solubilidade percebeu-se que os maiores teores de caseína apresentaram os menores valores de solubilidade em ambos os plastificantes. Para a umidade quanto maior o teor de caseína menor a umidade dos bioplásticos, comportamento inverso foi verificado para o plastificante onde quanto maior o teor maior a umidade. A atividade de água não apresentou diferença significativa em nenhum dos tratamentos avaliados. A cor dos bioplásticos sofreu influencia do aumento do teor de caseína. Quanto às propriedades mecânicas, a adição de caseína proporcionou uma diminuição na resistência a tração e um aumento na flexibilidade dos bioplásticos. Em algumas concentrações os plastificantes apresentaram um efeito conhecido como antiplastificante. Estas características sugerem que os bioplásticos sejam aplicados e testados em alimentos com a finalidade de aumentar a vida útil dos produtos que apresentam alta perecibilidade.