Foram coletadas amostras de equinos de vaquejada, em
atividade, machos e fêmeas, das raças Quarto de Milha e Paint Horse, com idade
variando entre 2 e 15 anos, criados nas zonas rural e urbana do município de Mossoró,
localizado na região Oeste do estado do Rio grande do Norte. Os testes foram realizados
em 132 amostras de soro para anticorpos contra estomatite vesicular (EV) e arterite viral
equina (AVE), 118 para encefalomielite leste e oeste (EEL/EEO), 114 para herpesvírus
tipo 1 (HVE-1) e 61 para influenza equina (IE). Na análise das amostras a técnica
utilizada variou de acordo com a enfermidade pesquisada; anticorpos contra EV (frente
as cepas virais Ribeirão e Alagoas), arterite viral equina, HVE-1 e EEL/EEO foram
pesquisados pela técnica de soroneutralização em culturas de células da linhagem Vero
(EV, verificar HVE-1 e EEL/EEO); e a pesquisa para IE tipo-2 (H3N8) foi realizada
pela técnica de inibição da hemaglutinação. Foram obtidos os seguintes resultados das
amostras testadas: para AVE não houve animais positivos (n=132), para EV obteve-se
39 (29,55%) animais positivos para o tipo Alagoas e 6 (4,54%) animais para o tipo
Ribeirão (n=132), com relação às encefalomielites, anticorpos contra EEL e EEO
(n=118) estiveram presentes em 13 (11,01%) e 1 (0,84%), respectivamente; para HVE-1
foram encontrados 22 (19,29%) equinos positivos (n=114). Quanto às variáveis,
histórico de doenças respiratórias e reprodutivas, as mesmas foram estatisticamente
significativas (p=0.02) em relação à presença de anticorpos contra HVE-1. A AVE não
está presente entre os equinos de vaquejada em Mossoró/RN, para outras viroses
pesquisadas (EV, IE, HVE-1, EEL e EEO) há evidências de atividade viral nas
populações de equinos de Mossoró, e sinais clínicos respiratórios e reprodutivos podem
ser sugestivos de infecção por HVE-1.