A Campomanesia rufa (C. rufa) é uma espécie frutífera, nativa do Brasil. São escassas as informações a respeito dessa espécie e os estudos in vitro ainda são incipientes. Desta forma, objetivou-se desenvolver protocolos de germinação, multiplicação e calogênese para a espécie. Para a germinação in vitro, sementes foram inoculadas em meio de cultura MS suplementado com GA3 (0; 2; 8; 32 e 128 μM). Para a multiplicação foram realizados três diferentes experimentos além da etapa de alongamento dos brotos. No primeiro experimento de multiplicação, os meios de cultura foram suplementados com três diferentes citocininas (BA, BAP ou TDZ) nas concentrações de 0; 2,25; 4,5 e 9,0 μM. No segundo experimento para a qualidade de luz, brotações foram inoculadas em meio de cultivo contendo 1µM de BA, BAP ou TDZ, e após a inoculação os explantes foram mantidos sob iluminação de lâmpadas fluorescentes brancas e sob iluminação de diodos emissores de luz. No terceiro experimento de multiplicação foi realizado em diferentes fotoperíodos (8, 12 e 16 horas), os explantes foram mantidos em meio de cultivo suplementado com 4,5 μM de BAP e sob iluminação de lâmpadas fluorescentes brancas. Para aprimorar o protocolo de multiplicação, foi realizado um experimento para alongar os brotos, para isso aplicou-se GA3 em diferentes concentrações (0; 0,5; 1,0; 2,0; 4,0 e 8,0 μM). E para finalizar, foram realizados experimentos de controle de oxidação e calogênese na espécie. Para o controle da oxidação, o meio foi suplementado com diferentes concentrações de PVP (0; 100; 200; 400 e 800 μM) e para a indução de calos, foi aplicado o regulador 2,4-D (0; 0,1; 1,0; 5,0 e 10,0 μM) ao meio de cultura. A Campomanesia rufa apresentou uma baixa germinação no escuro (14%). Na etapa de multiplicação, o BAP a 5,62 μM induziu maior número de brotos (4,3), e as lâmpadas LEDs como fonte de luz combinado ao meio de cultura com 1μM de BAP induziu maior número de brotos (4,9). Os fotoperíodos de 8 e 12 horas tiveram os melhores resultados para número de brotos (7,3) e (5,4) aos 90 dias. Na concentração de 8 μM de GA3 obteve-se o maior comprimento médio da C. rufa de (32,3 mm) e, o uso de PVP na concentração de 584,3 μM controla até (27,3%) a oxidação de explantes foliares jovens, já na indução de calos, o 2,4-D a concentração de 10 μM induz maior formação de calos (58,3%) na C.rufa. Portanto, podemos concluir que o uso do BAP é eficiente na indução de brotos, o PVP controla oxidação em segmentos foliares e o 2,4-D induz calos na C.rufa.