Foram realizados três experimentos sequenciais para avaliar os efeitos de níveis de fósforo
digestível sobre o desempenho, custo de suplementação de fósforo, características de carcaça,
produção e composição química dos dejetos de suínos machos castrados de alto potencial
genético e desempenho superior. Em cada experimento foram utilizados 80 suínos,
distribuídos em delineamento de blocos ao acaso, com cinco tratamentos, oito repetições e
dois animais por baia. No experimento I, foram utilizados suínos com peso de 31,91±2,5kg a
47,93±3,43kgcom duração de 21 dias. Os tratamentos consistiram de níveis de 0,219; 0,257;
0,294; 0,332 e 0,370% de fósforo digestível. Os níveis de fósforo não influenciaram (P>0,05)
os parâmetros de desempenho (consumo de ração, ganho de peso e a conversão alimentar) e
as características de carcaça (profundidade de músculo, a área de olho de lombo, a espessura
de toucinho, o percentual e quantidade de carne magra na carcaça). Por sua vez, o consumo
diário de fósforo digestível, o custo de fósforo consumido e o custo de fósforo consumido por
ganho de peso aumentaram linearmente (P<0,01) de acordo com o aumento do nível de
fósforo na dieta. No experimento II, os pesos inicial e final dos suínos foram de 47,93±3,43kg
e 82,84±6,28kg, respectivamente, e teve duração de 35 dias. Os tratamentos consistiram de
níveis de 0,186; 0,223; 0,261; 0,299 e 0,336% de fósforo digestível. Os parâmetros de
desempenho e características de carcaça não foram influenciados (P<0,05) pelos níveis de
fósforo. O consumo de fósforo digestível e custo aumentaram linearmente (P<0,01) de acordo
com o aumento do nível de fósforo digestível nas dietas. A matéria seca, matéria natural, coeficiente de resíduo e sólido voláteis dos dejetos não foram influenciados (P>0,05) pelos
níveis de fósforo. Por outro lado, observou-se efeito (P<0,01) linear crescente para sólidos
totais, fósforo total, e nitrogênio total nos dejetos dos suínos recebendo dietas com crescentes
níveis de fósforo digestível. No experimento III, foram avaliados planos nutricionais dos
31,91±2,5kg aos 102,02±7,59kg. Os planos nutricionais sequenciais foram constituídos de
níveis de 0,219-0,186-0,171; 0,257-0,233-0,209; 0,294-0,261-0,246; 0,332-0,299-0,284;
0,370-0,336-0,332% de fósforo digestível, respectivamente, dos 30 aos 50kg, dos 50 aos 80kg
e dos 80 aos 100kg. Constatou-se que os planos sequenciais não influenciaram (P>0,05) os
parâmetros de desempenho e de carcaça, exceto para a profundidade de lombo que foi maior
para o plano 0,370-0,336-0,332%. O consumo, o custo de fósforo digestível consumido e
ocusto de fósforo digestível consumido por ganho de peso diário aumentaram linearmente
(P<0,05), sendo que, o plano composto pelas dietas basais apresentou valores médios 30%
inferiores em relação ao plano intermediário sugerido pela literatura 0,294-0,261-0,246%.
Conclui-se que, no experimento I, o nível de 0,219% de fósforo digestível, correspondente ao
consumo de 3,58g
-1
de fósforo digestível diário, atende as exigências nutricionais de fósforo
para suínos machos castrados, dos 30 aos 50kg. No experimento II, o nível 0,186% de fósforo
digestível correspondente ao consumo de 4,77g-1
de fósforo digestível diário, atende as
exigências nutricionais de fósforo para suínos machos castrados, dos 50 aos 80kg. No
terceiro experimento constatou-se que o plano com a sequência de 0,219-0,186-0,171% e
consumo de 3,58g, 4,77g e 4,63-1
fósforo digestível atende as exigências nutricionais de
fósforo para desempenho e características de carcaça de suínos machos castrados dos 30 aos
100kg, e com menor custo e excreção de fósforo para o ambiente.