O objetivo foi determinar a eficiência de utilização da proteína e descrever
as respostas das tilápias em crescimento a diferentes ingestões de proteína
digestível usando a função matemática broken line para estimar a ingestão ótima
maximizando o ganho em peso e a conversão alimentar. O estudo foi divido em
quatro fases de crescimento (Fase A, B, C e D), com 45 dias de duração cada.
Utilizou-se juvenis de tilápia do Nilo revertidas da linhagem GIFT, com peso médio
inicial de 2,01±0,29 g (Fase A), 14,26±0,26 g (Fase B), 59,96±9,60 g (Fase C) e
149,11±11,71 g (Fase D). O delineamento experimental adotado foi o inteiramente
ao acaso para as fases A e B. Nas fases C e D, foi utilizado o delineamento em
blocos ao acaso como controle do peso inicial dos animais. Todas as fases de
crescimento foram compostas por cinco tratamentos e quatro repetições. As faixas
de proteína digestível foram 175-420 g/kg (Fase A), 163-390 g/kg (Fase B), 150-
360 g/kg (Fase C) e 138-330 g/kg (Fase D) e foram obtidos usando a técnica da
diluição. A eficiência da utilização da proteína foi determinada pela regressão
linear entre a deposição de proteína e a ingestão de proteína digestível pelos
peixes em cada fase de crescimento. As respostas das variável de ganho em peso
e conversão alimentar foram ajustadas pela função matemática broken line. A
ingestão ideal da proteína digestível foi obtida pelo encontro da reta ascendente
com o platô. Os resultados da ingestão ideal de proteína digestível para a menor
a conversão alimentar foram consideravelmente menores que o estimados para a
máxima resposta de ganho em peso. As ingestões de proteína digestíveis para
maximizar as respostas de ganho em peso e conversão alimentar foram 88, 328,
713 e 855 e 78, 272, 697 e 793 mg/peixe.dia e as eficiências de utilização foram
52, 51, 51 e 50 para as fases de crescimento A, B, C e D, respectivamente.