O tomateiro é amplamente cultivado em diversas partes do mundo, tendo sua produção destaque no Brasil. É uma cultura com grande importância econômica e nutricional e sua produção pode se dar em diversas regiões e durante todo o ano, sendo favorecida por um clima fresco e alta luminosidade. É uma espécie bem exigente em adubação e cuidados constantes, uma vez que tem um alto índice de susceptibilidade ao ataque de um número expressivo de doenças, pragas e desordens fisiológicas. O conteúdo nutricional e características sensoriais, assim como diversos outros atributos, são conseguidos, basicamente, em função do sistema de produção e nutrição das plantas. O fruto apresenta conteúdo nutricional essencial para a dieta humana. Entretanto, é um fruto bastante susceptível a perdas pós-colheita. Assim, o uso de tecnologias no armazenamento é essencial para a manutenção da qualidade e prolongamento da conservação. Objetivou-se nessa pesquisa avaliar a conservação pós-colheita de cultivares de tomate advindas do sistema convencional, armazenados à temperatura ambiente e sob refrigeração. Os tomates, cvs. Caeté e Fascínio foram colhidos em uma unidade de produção no município de Bananeiras no mês de agosto de 2014. O delineamento experimental utilizado foi o inteiramente casualizado em esquema fatorial 2x7 com três repetições (temperatura ambiente) e 2x6 (temperatura refrigerada) também com três repetições. Os fatores em estudo foram duas cultivares de tomate (Caeté e Fascínio) e os períodos de armazenamento. Os frutos foram mantidos à temperatura ambiente de 23 ± 2 °C, com UR de 65% ± 5 e refrigerada de 12 ± 1°C, com UR de 85% ± 5 e submetidos a análise da coloração da casca, diâmetro, firmeza, perda de massa, pigmentos, pH, acidez titulável, relação sólidos solúveis/acidez titulável, ácido ascórbico, Salmonella sp., coliformes a 35 °C e a 45 °C e fungos filamentosos e não filamentosos. As análises foram realizadas no Laboratório de Fisiologia Pós-colheita do Campus III da Universidade Federal da Paraíba. O tempo de armazenagem foi de 12 dias à temperatura ambiente e 20 dias sob refrigeração. Ambas as cultivares apresentaram similar comportamento nas análises físico-químicas e microbiológicas, apresentando ao final do armazenamento em ambas as temperaturas, atributos físicos e físico-químicos dentro dos padrões de qualidade aceitos para o consumo in natura. A relação SS/AT mostrou-se dentro da faixa de indicação de sabor agradável (acima de 10), com valores médios entre 20 e 25. O pH permaneceu baixo (3,9 a 4,43), influenciando positivamente na conservação dos frutos. Os teores de ácido ascórbico, licopeno e β-caroteno, variaram dentro da faixa ideal para a cultura e apresentando valores maiores que 10 e menores que 25 mg∙100g-1 para ácido ascórbico, valores máximos próximos de 0,04 mg∙100g-1 para licopeno e para β-caroteno valores próximos a 0,02 mg∙100g-1, ambas as cultivares. A temperatura de refrigeração conservou os frutos por mais tempo, preservando características físicas e físico-químicas. Com base nas características microbiológicas, os tomates apresentaram-se aptos para o consumo humano, dentro dos padrões microbiológicos exigidos pela legislação.