Objetivou-se avaliar o efeito da adubação nitrogenada e da suplementação em pastos de Brachiaria brizantha cv. Marandu sobre a produção, qualidade e as características estruturais da forragem, o consumo, a digestibilidade, o desempenho de novilhas Nelore e a viabilidade econômica. O experimento foi conduzido na fazenda Boa Vista, município de Macarani-BA, no período de 26 de janeiro a 19 de abril de 2014. Utilizou-se o delineamento inteiramente ao acaso, com quatro tratamentos (doses de nitrogênio e tipos de suplemento) e quatro repetições (número de piquetes), sendo: T1 = 100 kg.ha-1 de N com suplemento protéico-energético; T2 = 100 kg.ha-1 de N com suplemento mineral; T3 = Pasto sem adubação com suplemento proteico-energético e T4 = Pasto sem adubação com suplemento mineral. Foram utilizados inicialmente 60 novilhas da raça Nelore com peso médio inicial de 190 ± 26,67 kg, distribuídos ao acaso, em dezesseis piquetes de 0,6 ha cada em um sistema de pastejo de lotação contínua com taxa de lotação variável, onde cada tratamento recebeu dois animais-testes e um número variável de reguladores. Utilizou-se um fatorial 2 x 2 e foram observados as interações entre os tratamentos aplicados. Os resultados foram avaliados usando o teste de Tukey a 10% de probabilidade. O desempenho dos animais foi avaliado por um período de 84 dias, sendo os animais pesados a cada 28 dias, considerando três períodos de avaliação. O consumo foi estimado a partir da produção fecal, utilizando-se o indicador externo óxido crômico e a digestibilidade da dieta, obtida por pastejo simulado. O consumo e a digestibilidade dos nutrientes são fundamentais para o desempenho animal, e os pastos adubados com suplemento protéico-energético proporcionam maiores consumos e digestibilidade da proteína bruta e de nutrientes digestíveis totais. Não houve interação (P>0,10) entre os tratamentos aplicados para a disponibilidade de matéria seca total, disponibilidade de matéria seca verde, proporção folha:colmo, oferta de forragem, número de perfílhos vegetativos e mortos. Em relação a qualidade da forragem, observou-se interação (P<0,10) entre os tratamentos e verificou-se efeito positivo do nitrogênio (P<0,10) para a proteína bruta (PB) da amostra composta de capim-marandu. Ocorreu um incremento de 65% no teor de proteína bruta para a dose de 100 Kg.ha-1 de N. Para o nitrogênio ingerido, nitrogênio excretado nas fezes e na urina (g/dia) não houve interação (P<0,10) entre os tratamentos. Observou-se um incremento de 32,12 g/dia de nitrogênio ingerido em função do suplemento protéico-energético, comparado a suplementação mineral. O ganho médio diário foi de 0,47 kg e 0,61 kg para o suplemento mineral e suplemento protéico-energético, respectivamente. Para o desempenho dos animais deve-se potencializar o ganho de peso por hectare, devido ao baixo aproveitamento individual, gerando baixo ganho médio diário. Para o resultado (Lucro ou Prejuízo) o tratamento com 100 Kg.ha-1 de N e suplemento protéico-energético apresentou maiores valores igual a R$ 809,31; R$/ha 337,21 e R$/@ 40,74. O maior ganho de peso por área, deve-se a adubação nitrogenada e o uso do suplemento protéico-energético, obtendo, peso igual a 210,81 kg.ha-1. O tratamento adubado com suplementação protéico-energético promoveu rentabilidade de 0,29 %. Desta forma os dados de viabilidade econômica demonstram que o tratamento com 100 Kg.ha-1 de N e suplementação protéico-energético proporcionou maior retorno econômico nas condições desta pesquisa.