EFEITO DA SUPLEMENTAÇÃO COM EXTRATOS VEGETAIS, VITAMINAS A, D E E E SUA ASSOCIAÇÃO SOBRE O TEMPERAMENTO, DESEMPENHO E QUALIDADE DE CARNE DE ZEBUÍNOS CONFINADOS
Este estudo teve como objetivo avaliar o efeito do uso de extratos vegetais, vitaminas A, D3 e E, ou sua associação, sobre o temperamento, desempenho produtivo e qualidade de carne de animais confinados. Foram utilizados 56 tourinhos Nelore com 20 meses de idade e peso inicial de 360 (±19,8) kg. Os animais foram inicialmente pesados, blocados por peso corporal inicial e designados aleatoriamente para baias individuais, as quais foram designadas a um dos quatro tratamentos: (C) Controle, suplementados com 48x106, 6x106 e 0,2x106 UI/animal/dia de vitaminas A, D3 e E, respectivamente; (ADE50) Suplementação com dose extra de 50% de vitaminas A, D3 e E (72x106, 9x106 e 0,3x106 UI/ animal/dia; (EV) Suplementação com 0,16% de extratos vegetais (MS do concentrado); (EV+ADE50) Associação da dose extra de vitaminas A, D e E e 0,16% de extratos vegetais. Os animais de todos os tratamentos foram submetidos a mesma dieta diária, com adição de Monensina (30mg / kg de concentrado), variando apenas a inclusão dos diferentes aditivos. O temperamento dos animais foi avaliado de forma a anteceder o momento das pesagens durante as avaliações de desempenho, utilizando-se o escore de tronco (ETr; escala de cinco pontos, onde: 1= calmo e sem movimento; 5= esforços violentos e contínuos) e a velocidade de saída. Os escores individuais de temperamento foram calculados pela média obtida entre o ETr e o escore da velocidade de saída. As pesagens ocorreram no início do confinamento (d0), ao final do período de adaptação (d21) e, posteriormente, a cada 28 dias, totalizando 105 dias de confinamento. Não foram observados efeitos dos tratamentos (P> 0,05) sobre o temperamento dos animais, o mesmo ocorreu com as variáveis de desempenho IMS (9,77; 10,36; 10,49 e 10,04 kg/dia para dietas C, ADE50, EV e EV+ADE50, respectivamente), GMD (1,59; 1,67; 1,69 e 1,64 kg/dia para dietas C, ADE50, EV e EV+ADE50, respectivamente) e CA= 6,24 e EA = 0,16. Resultados de maciez, cor, perdas por cocção e composição química da carne não foram afetados pelos tratamentos (P> 0,05). Em conclusão, observamos que o uso de 0,16% extratos vegetais na MS consumida, vitaminas e sua associação não produzem benefícios adicionais sobre o temperamento e, consequentemente, no desempenho em confinamento ou qualidade da carne de bovinos da raça Nelore confinados.
EFEITO DA SUPLEMENTAÇÃO COM EXTRATOS VEGETAIS, VITAMINAS E SUA ASSOCIAÇÃO SOBRE AS CARACTERÍSTICAS DA CARCAÇA DE BOVINOS NELORE CONFINADOS.
Cinquenta e seis tourinhos Nelore, com 20 meses de idade e peso inicial de 360 kg (±19,8 kg) foram confinados com o objetivo de avaliar o efeito do uso de extratos vegetais sobre as características da carcaça obtida e o rendimento de cortes primários da carcaça. Os animais foram confinados em baias individuais durante 105 dias (21 de adaptação e 84 dias de terminação). Os animais foram pesados individualmente, blocados por peso corporal inicial e designados aleatoriamente para um dos quatro tratamentos: (C) Controle, suplementados com 48x106, 6x106 e 0,2x106 UI/animal/dia para vitaminas A, D3 e E, respectivamente; (ADE50) Suplementação com 50% a mais da dose de vitaminas A, D e E (72x106, 9x106 e 0,3x106 UI/animal/dia, respectivamente); (EV) Suplementação com 0,16% de extratos vegetais (MS do concentrado ofertado); (EV+ADE%) Associação da dose extra de vitaminas A, D e E e 0,16% de extratos vegetais (MS de concentrado ofertado). Os tratamentos apresentaram a mesma dieta para todos os animais (85 e 15 % para concentrado e bagaço de cana, respectivamente) e Monensina (30mg / kg de concentrado), variando apenas a inclusão dos diferentes aditivos. Ao final do experimento, os animais foram abatidos em frigorifico comercial. Não foram observados efeitos dos tratamentos (P> 0,05) sobre a espessura de gordura, área de olho de lombo, peso de carcaça quente, peso de carcaça fria, e perdas por refrigeração das carcaças avaliadas. O uso de extratos vegetais, vitaminas e sua associação não promoveu melhora no rendimento do ganho em carcaça dos animais confinados (P>0,05), nem mesmo no rendimento dos cortes principais da carcaça, que apresentaram valores semelhantes ao observado em animais do tratamento controle. Em conclusão, observamos que o uso de extratos vegetais, vitaminas e sua associação não produzem benefícios adicionais sobre as características de carcaça de animais Nelore em sistema de confinamento.