O objetivo deste trabalho foi avaliar aspectos biológicos das fases imaturas, capacidade predatória, capacidade reprodutiva e longevidade de Chrysoperla externa alimentada com Aphis gossypii provenientes de algodão Bt e convencional. Os ensaios foram conduzidos de dezembro de 2013 a agosto de 2014, em sala climatizada, a 25 ± 1o C, UR de 70% ± 10%, em delineamento inteiramente casualizado. No primeiro ensaio, os ovos de C. externa foram individualizados em placas de Petri e, as larvas neonatas alimentadas diariamente com ninfas de A. gossypii advindos de 9 cultivares de algodoeiro constituindo os tratamentos: Convencional FM 993, DP 604 BG, NuOpal, DP 90 B, Acala DTL 90B, DP 555 BGRR, DP 1228 B2RF, PHY 440 W e FM 975 WS, com 40 repetições (larvas do predador). Os parâmetros avaliados foram: duração das fases de desenvolvimento em dias, viabilidade (%) e peso (mg). Para a capacidade predatória, as larvas de primeiro, segundo e terceiro ínstares foram individualizadas em placas de Petri, recebendo à proporção de 1:10; 1:25; 1:50 predador e presa, para cada instar respectivamente, e após 24 horas foram quantificados o potencial de consumo do predador. No segundo ensaio, adultos recém-emergidos provenientes do primeiro experimento foram separados por sexo para formação dos casais e mantidos individualmente em gaiolas de criação massal, sendo oferecida a dieta de levedo de cerveja e mel. Foram avaliados os períodos de pré-oviposição, oviposição, pós-oviposição, capacidade de oviposição diária e total, longevidade e ovos sem pedicelos. Conclui-se que Todas as tecnologias Bt em que a presa A. gossypii foi criada, influenciaram negativamente o desenvolvimento biológico do C. externa, sendo o maior impacto evidenciado para a toxina Cry1Ac presente na cultivar DP 90B. A proteína Cry1Ac influenciou negativamente capacidade predatória de C. externa quando alimentado de A. gossypii proveniente da cultivar DP 90 B.