O objetivo do presente trabalho foi comparar três protocolos para aspiração folicular in vivo (OPU) e produção in vitro de embriões (PIVE) usando sêmen sexado de um touro da raça holandesa, destacando o procedimento que melhore a eficiência e facilidade de execução da PIVE de doadoras bovinas da raça Girolando. O experimento foi realizado no Campo Experimental de Seropédica, pertencente a Pesagro-RJ, e no Campo Experimental Santa Mônica (CESM), pertencente à Embrapa Gado de Leite (EMBRAPA-CNPGL), localizado no município de Valença-RJ. Foram utilizadas vacas Girolandas cíclicas (n=12) que foram alocadas aleatoriamente em três grupos: Grupo 1 (OPU), Grupo 2 (sincronização de onda folicular e OPU) e Grupo 3 (sincronização de onda folicular, FSH e OPU). Os animais passaram por 6 OPUs, todas com intervalo mínimo de 30 dias, e foram transferidos para um grupo diferente a cada vez (“cross-over”), de tal forma que ao final do experimento os animais passaram pelos três protocolos 2 vezes. No Grupo 1, a OPU foi realizada em momento aleatório do ciclo estral. No Grupo 2, os animais receberam 1 dispositivo intravaginal de progesterona, 2mL de prostaglandina e 2mL de benzoato de estradiol. Em D5 ocorreu a OPU. No Grupo 3, o tratamento foi similar ao anterior porém com uma estimulação folicular com o Hormônio Folículo Estimulante (FSH) (40 mg, IM, dose única), aplicado no D3, e a OPU ocorreu em D5. Todos os folículos foram quantificados e avaliados a presença ou ausência de Corpo lúteo (CL) no momento da OPU, e os oócitos coletados foram classificados e quantificados e seguiu-se as etapas da PIVE até avaliação de produção de blastocistos em D7 e D8. Para análise de efeito de comparação de grupos foi utilizada a análise de variância (ANOVA). Foram puncionados 778 folículos que resultaram na recuperação de 689 complexos cumulus oóphoros (CCOs) (88,56%), sendo G1 - 260, G2 - 278, G3 - 240, nos quais não se observou diferença (P>0,05) entre os grupos. De 230 CCOs colocados para maturação in vitro, gerou-se 50 (22%) blastocistos, sendo G1 – 16 (19,28%), G2 -16 (19,51%) e G3 – 18 (27,69%), não ocorrendo diferença (P>0,05) entre os grupos. Porém, o número de CL presentes no momento da OPU foi maior (P<0,05) no grupo controle (G1 – 13/24) do que nos grupos G2 (3/23) e G3 (5/21), que passaram por uma sincronização de onda. Pode se concluir que os protocolos hormonais não aumentaram o rendimento da OPU, quando comparados as OPUs realizadas sem tratamento prévio, embora estes tenham sido eficazes na redução da presença de CLs no momento da OPU, o que facilita a aspiração folicular quanto a execução da técnica.