A transição para o desenvolvimento sustentável abre novas possibilidades vindas de ações práticas do cotidiano. Em pequenas escalas, estas ações podem responder a tríade do desenvolvimento sustentável, pautada nas perspectivas social, econômica e ambiental em seu território. Este estudo apresenta um levantamento dos indicadores de sustentabilidade social, econômica e ambiental, da atividade de logística urbana de cargas fracionadas, de uma experiência de ecossocioeconomia, com uso da bicicleta (bike messenger). O objetivo é demonstrar a efetividade de experiências de ecossocioeconomia, promovendo a sustentabilidade em seu território. Embora a logística urbana seja um subsistema da mobilidade urbana, a pouca quantidade de estudos desta atividade, são justificados pelo fato de ser concebida como mera atividade privada e de responsabilidade de seus executores. Porém, o impacto da logística urbana no sistema de mobilidade urbana, mesmo que ainda não seja expressivo, configura a razão da crescente presença dos atuais estudos científicos sobre o tema, pois acontece no espaço da cidade. A escolha do tema da logística de cargas para o estudo da ecossocioeconomia urbana está associada ao fato de Curitiba ser uma cidade referência na área de mobilidade urbana, com ênfase no planejamento do transporte, conhecida mundialmente pela qualidade de suas soluções. Adota-se a metodologia de estudo de caso múltiplo, empregando a técnica de cross-case, valendo-se de cálculos de estatística para fins de mensurações qualitativas e quantitativas. Além de contribuir com o estado atual de conhecimento sobre ecossocioeconomia, esta pesquisa concluiu, por meio de cálculos dos indicadores de sustentabilidade, que a experiência urbana de ecossocioeconomia Ecobike, apresenta resultados efetivos em relação ao desenvolvimento sustentável da cidade, confirmando a hipótese de que a ecossocioeconomia urbana demonstra efetividade em seu território. Ainda, nesta pesquisa, apresentam-se subsídios para o processo de tomada de decisão, à gestão urbana, na formulação de políticas públicas locais e regionais, de logística de carga urbana fracionada e, até, do uso da bicicleta para fim de transporte de carga.