Objetivou-se através dessa dissertação embasar os primeiros passos para desenvolver uma nova maneira de estimar as exigências nutricionais de metionina para suínos alimentados individualmente. O primeiro passo foi uma meta-análise conduzida objetivando estudar a reposta de suínos alimentados com diferentes tipos de metionina, bem como quantificar a relação ideal de metionina: lisina para leitões da fase inicial a terminação. A base de dados foi composta por 41 artigos. Para determinação da relação metionina: lisina, 83% dos artigos da base forem excluídos pois não atendiam a exigência de lisina. Para análise de fontes de metionina foram utilizados 21 artigos para fase inicial não havendo diferença (P<0.05) entre L-metionina, DL-metionina e metionina hidroxi-análoga. A relação mínima de metionina: lisina encontrado foi de 26% de inclusão de metionina em função da exigência de lisina, uma relação menor que essa poderá representar perdas significativas no desempenho. Na sequencia foi realizado uma simulação com modelos fatoriais utilizados na suinocultura (Tabelas brasileiras de exigências nutricionais para suínos e aves (BT) e o NRC 2012), objetivando compara-los com o modelo do “AutomaticandinteligentPrecisionfeeder” (AIPF). Foram utilizados dados de 36 suínos com peso inicial de 25 kg, por um período de 28 dias. Peso corporal, consumo de ração e ganho médio foram estandardizados. Concluiu-se que os modelos NRC e BT foram calibrados para estimar as exigências de resposta máxima da população, assim, superestimam as necessidades do indivíduo médio em mais de 13%. Além disso, usar a exigência de um suíno médio, no meio da fase de alimentação para estimar as exigências de uma população, é uma prática que tem de ser feita com cuidado. Isso devido à grande variação nas exigências nutricionais que existem entre os suínos de uma mesma população. Finalmente os modelos AIPF e BT foram utilizados em um experimento fatorial 2x3: dois sistemas de alimentação: alimentação individual e diária x alimentação em grupo por fases. E três níveis de metionina: 70%, 100% e 130%. Objetivou-se estudar a resposta à ingestão de metionina dentro dos dois sistemas de alimentação. Foram utilizados 60 leitões com peso inicial de 25 kg, durante 28 dias de experimentação. Foram analisadas variáveis de desempenho (CDR, GMDP, EA), de carcaça (área de olho de lombo e espessura de toucinho) e variáveis plasmáticas (ALT, AST, Creatinina, triglicerídeos, Proteína C-reativa, nitrogênio uréia plasmático e proteínas totais). Os resultados de desempenho sugerem que os níveis de metionina tem sido subestimados para indivíduos, sinalizando para uma possível diferença de na relação ideal metionina: lisina para os indivíduos. Os resultados plasmáticos não mostraram evidências de toxicidade por metionina em qualquer um dos programas de alimentação (P>0,05). O programa de alimentação individual e diário apresentou resposta linear (P<0,05) de profundidade no longissimusdorsi para o aumento da relação metionina: lisina, enquanto dentro do programa fase tradicional não teve resposta (P>0,05).