Trata de uma pesquisa qualitativa de cunho histórico-documental, apoiada em conceitos apresentados por representantes da História Cultural, tais como: Chartier; De Certeau; Julia e Chervel. Visa responder a seguinte questão norteadora: Quais caminhos foram percorridos pela Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas
Públicas – OBMEP, a fim de colaborar com o ensino da matemática escolar? Para tanto, objetiva analisar a trajetória da OBMEP, desde sua gênese até o momento presente, considerando os aspectos históricos, culturais, políticos, sociais e as contribuições para o ensino da matemática escolar. Com esse propósito [1] Discute
as intencionalidades governamentais sugeridas em discursos oficiais, relatórios, revistas, provas, regulamentos, artigos, reportagens, sites oficiais, programas e portais; [2] Analisa os impactos produzidos pela OBMEP como política pública educacional, instrumento de inclusão social e difusão da cultura matemática. Analisa
as provas do nível 3, 1ª e 2ª fase, dos anos 2005, 2011, 2018 e 2022. A conclusão a que se chega é que a OBMEP se mostra a serviço dos interesses dos seus organizadores, na busca por jovens talentosos em matemática, para que atendam às demandas tecnológicas e científicas do país, manifestando um viés seletivo e, portanto, excludente, embora proclamada como um instrumento de inclusão social.