Este trabalho apresenta a história da Escola Técnica Estadual Professor Alcídio de Souza
Prado, da cidade de Orlândia, localizada no interior do estado de São Paulo, desde sua
instalação, em 1949, como Curso Prático Profissional, até o ano de 1978. Este recorte
temporal é justificado pela extinção do 1º grau quando, após a profissionalização compulsória
determinada pela Lei nº 5.692/71, a escola foi destinada a acomodar o 2º grau local. Desta
forma, em atendimento à distribuição da rede física da época, acolheu cursos das outras
escolas da cidade, ampliando significativamente sua clientela escolar. O Curso Prático
Profissional de Orlândia, de 1949 a 1964, com matrículas em cursos de iniciação profissional
para rápida inserção no mercado de trabalho, acolheu meninos e meninas após o curso
primário, proporcionando uma formação para os que não tinham condições de continuidade
de estudos. Com as denominações Escola Artesanal (1954), Escola Industrial (1963) e
Ginásio Industrial (1965), a escola ofereceu ainda, de 1963 a 1978, o curso ginasial industrial,
posteriormente denominado 1º grau. Este, ao contribuir para a ampliação da confiabilidade da
população da cidade em relação à Escola Industrial, proporcionou sua inserção definitiva no
cenário educacional da região. Portanto, o objetivo deste estudo é demonstrar a inserção da
escola objeto deste trabalho no contexto econômico e social local, bem como sua importância
como instituição escolar quanto à formação profissional na cidade de Orlândia. Uma vez que
o ensino profissional possui particularidades, diferenciando-o do ensino propedêutico, foi
apresentado inicialmente um relato a respeito da evolução deste tipo de ensino no estado de
São Paulo. Para uma melhor apreciação da história da escola objeto deste trabalho e sua
inserção local, foi resgatada a trajetória histórica da cidade na qual se insere, tendo como
arcabouço teórico a história cultural, dentro da história das instituições escolares. Como
principais fontes, foram adotadas a legislação educacional, relatórios do Recenseamento Geral
do Brasil produzidos pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística no recorte
cronológico de 1940 a 1970, documentos relacionados à escola, documentos escolares como
livros de matrículas e de atas, entre outros, jornais locais de diferentes épocas, e fotos
relacionadas à história da cidade e da escola. Por meio destas fontes, procurou-se traçar um
caminho de possibilidades quanto à inserção desta escola nas épocas enfocadas, bem como
sua relevância em relação à clientela atendida, principalmente dentro dos cenários sociais e
políticos de cada momento histórico orlandino.