Nesta pesquisa desenvolve-se uma análise da viabilidade técnica e ambiental de vias cicláveis na Estância Turística de Presidente Epitácio, Estado de São Paulo, para contribuir com os planejadores na gestão do sistema de transporte. Para tanto, a pesquisa embasou-se na revisão bibliográfica com ênfase no sistema de transporte de passageiros com a tecnologia não motorizada do tipo bicicleta. Posteriormente, determinou-se por meio do método estatístico, Amostragem Aleatória Simples, a amostra com representatividade para aplicação de questionários. Estes foram importantes para o estudo das matrizes origem e destino (O/D), para saber o deslocamento das pessoas, suas principais rotas, como, quando, por qual motivo, ou seja, indicando a intenção de lazer, de prática esportiva ou fins utilitários. Assim, foi possível tabular os dados e traçar as matrizes no software Google Maps. Os resultados obtidos comprovaram a viabilidade técnica e ambiental do uso da bicicleta na urbe, na qual se traçaram as principais demandas cicloviárias. Assim acredita-se que este trabalho irá contribuir no momento de planejar a cidade, sempre ressaltando os aspectos ambientais, mobilidade urbana sustentável, traçado e topografia urbana, principalmente por indicar a localização das vias cicláveis na cidade. Por conseguinte, a razão deste trabalho vem a estimular o uso da bicicleta, valorizando a implantação da infraestrutura cicloviária para manter e trazer novos adeptos, conforme as características socioeconômicas e físíco-funcionais da urbe. Assim, o objetivo é tentar, subverter a lógica atual, que prioriza o automóvel sobre os pedestres, os ciclistas e o transporte público. O principal anseio deste trabalho é de se obter uma cidade saudável, pois o setor de transportes atual do país tem problemas de insustentabilidade ambiental, social e energética, enquanto que a bicicleta apresenta inúmeros benefícios para o meio ambiente, para a saúde e economia do ciclista. Acredita-se que estas medidas irão contribuir na redução dos índices de acidentes, fornecer segurança pessoal para o ciclista e sua bicicleta, melhorar a qualidade de vida dos ciclistas e dos habitantes, atrair turistas e evitar a segregação urbana. Em suma, a obtenção da demanda de vias cicláveis direcionará o gestor a diversas ações como: propor planos cicloviários, intermodalidade no transporte, restauração de ciclovias existentes, adaptações de ciclofaixas em avenidas e ruas que exijam demandas, sempre em concordância com as questões ambientais e com as leis de trânsito.