Este trabalho tem como objetivo avaliar a e_cácia dos métodos geofísicos, Magnetometria e o eletromagnético Ground Penetrating Radar (GPR), na detecção de tubos, situados em dutovias de óleo ou gás e estejam localizados em ambientes emersos ou ainda submersos em ambientes fluviais, cujas as profundidades de soterramento atinjam até 10 m. Primeiramente foi feita uma análise analítica sobre os problemas dos valores de contorno, da resposta do duto, quando submetido a um campo magnético externo, utilizando a equação
de Helmholtz no domínio da frequência, em termos de funções cilíndricas, para duas situações: cilindro maciço e uma casca cilíndrica, ambos permeáveis em um campo magnético uniforme e transversal. Utilizou-se o software Pdyke da empresa Geophysical Software, onde avaliou-se apenas o caráter dipolar do comportamento das curvas. Para diferentes ordens de grandeza do campo magnéticos, não ocorreram mudanças acentuadas nos comportamentos das curvas (foram comparados valores de 5, 0 × 104 nT à 5, 0 × 1013 nT). Nos estudos de campo, nas travessias dos rios Una (São Paulo) e Quiricó (Bahia), as medidas de magnetometria, obtidas próximas aos mesmos, foram realizadas em 6 perfis paralelos, espaçados a cada 10,00 m, até uma distância de 50,00 m do rio, onde cada linha tem comprimentos que variam de 20,00 m a 22,00 m e espaços amostrais de 0,5 m (rio Quiricó) e 1,00 m (rio Una). Do conjunto de per_s realizados com GPR, tanto para o rio Una como para o rio Quiricó, são apresentados aqueles que, a partir das margens dos rios, distam 0,00 m, 10,00 m e 50,00 m. Realizamos ainda, estudos sobre o emprego do GPR na detecção de dutos nas travessias dos rios Pirapama e Catana, os quais revelam radargramas obtidos em solos com diferentes condições de condutividade, e seus perfis denotam grandes variações em termos de capacidade de detecção dos dutos pelo GPR, entre as regiões mais próximas e as mais distantes das margens dos rios. Todos os radargramas apresentam um
excelente desempenho a 50,00 m dos rios e um fraco desempenho de 0 à 10 m do rio. Foram também realizadas modelagens diretas para os casos de dipolos magnéticos esféricos e cilíndricos orientados com uma certo vetor de magnetização, e para corpos cilíndricos maciço e com cavidade, submetidos a um campo magnético externo. A partir disso foram estabelecidos padrões de assinaturas magnéticas e suas derivadas direcionais, para auxiliar no mapeamento das tubulações. As interpretações foram estabelecidas baseando-se no caráter dipolar da resposta do campo magnético e derivadas direcionais. Os radargramas, foram interpretados utilizando a presença de hipérboles de difração, como assinatura de posicionamento das tubulações. Observa-se que, em áreas próximas às margens dos rios, têm-se um efeito condutivo maior, dificultando a ocorrência de tais assinaturas, devido o fenômeno de absorção da energia eletromagnética. Nesse sentido, a utilização do mapa de anomalia magnética de campo total, através da interpretação das respostas caracteristicamente dipolares advindas dos tubos, contribuiram de forma significativa na demarcação da localização e orientação dos mesmos. Foi utilizado o processo de inversão, chamado de Deconvolução de Euler Localizada, para o caso do rio Quiricó, com o objetivo de mapear os dutos obtendo-se suas profundidades (até 1,5 m) com índices estruturais para os casos de tubos e dipolos magnéticos. Algumas direções e localizações corroboram com os mapas magnetométricos interpretados por diferentes critérios, bem como com as informações obtidas pelo método GPR.