O uso dos antibióticos na produção animal vem sendo restringido para atender a demanda do mercado. Dessa forma, pesquisas estão sendo realizadas atualmente visando encontrar alternativas, tais como a utilização de probióticos e plasma sanguíneo. O objetivo desse trabalho foi avaliar o efeito do plasma sanguíneo em substituição ou associação a antibióticos utilizados em pulsos estratégicos presentes na alimentação de leitões na fase de crescimento e terminação, sobre os parâmetros zootécnicos e sanitários. Foram selecionados 1.456 leitões na saída de creche, avaliados por 122 dias, submetidos a 4 tratamentos com 14 repetições compostos por 3 categorias de peso inicial de entrada dos animais e avaliados em 2 gêneros. Para os tratamentos com inclusão, foi utilizado o plasma sanguíneo (spray dried plasma, SDP) de bovinos. Os tratamentos consistiram em: ração sem adição de antibióticos e sem SDP (T1), sendo o grupo controle negativo; ração com adição do protocolo medicamentoso padrão da empresa e sem inclusão de SDP, controle positivo (T2); ração com adição do protocolo medicamentoso padrão da empresa associado a três pulsos de SDP (T3); e ração com adição de SDP sem a inserção de antibióticos (T4). Os dados foram analisados utilizando o software Statistical Analysis System (SAS®, v.9.5, Inst. Inc., Cary, NC) e submetidos ao teste de normalidade de Shapiro-Wilk a 5% de probabilidade. Posteriormente, os dados foram submetidos à Análise de Variância (ANOVA). Os resultados indicaram que suínos submetidos ao T2 apresentaram maior consumo de ração, sendo que a média do consumo e a conversão alimentar foram de 289,73 kg e 2,57 kg/kg (ração consumido/peso ganho), respectivamente. O ganho de peso durante o período de 0 – 122 dias para os leitões do T3 (114,12 kg) e T4 (114,2 kg) foram superiores aos suínos do T1 (111,46 kg) (P>0,05). Além disso, suínos submetidos ao tratamento baseado em antibiótico associado com plasma (T3) apresentaram um aumento de 7,76 % no ganho de peso quando comparado aos suínos do T1. Não foi observada diferença significativa na taxa de mortalidade dos animais, independente do tratamento (P>0,05). Em relação aos parâmetros sanitários, o escore de fezes e índice de tosse e espirro diminuiu com o passar das semanas (P>0,05), sendo que as fêmeas apresentam maior índice (4,55 %) de tosse e espirro em relação aos machos (3,73 %) (P>0,05). O índice para pneumonia e escore de úlcera apresentado pelos leitões não foi influenciado pelos tratamentos (P>0,05). Ademais, por meio da análise de custos, não foi verificado diferença significativa entre os tratamentos para os custos de ração e custo com medicamentos injetáveis por kg de suíno. No entanto, os suínos do T1 apresentaram menor custo de produção total quando comparado aos animais dos outros tratamentos (P>0,05). Os leitões apresentaram maior ganho de peso para o tratamento associado aos pulsos de antibióticos em relação ao grupo controle, porém somente com a utilização de antibióticos em pulsos estratégicos, favoreceu o consumo de ração e, mas não alterou a conversão alimentar dos animais. Apesar disso, os custos de produção somente com a utilização de SPD foram menores que combinado com antibióticos, podendo ser uma alternativa a remoção e/ou redução destes aditivos como pulsos nas rações.