Aditivos alimentares fitogênicos derivados de plantas, ervas e especiarias são usados para
melhorar o desempenho dos animais. Estão em foco, devido a seus efeitos positivos no
crescimento, melhoria do sistema imunológico e redução da resposta ao estresse. Nesse
contexto, considerando que o óleo de copaíba possui uma grande representação social e
econômica, nativo da região amazônica, onde é largamente utilizado na indústria farmacêutica,
como anti-inflamatório, o objetivo deste trabalho foi avaliar os efeitos da adição do óleo de
copaíba (Copaifera L.) em rações de frango de corte de linhagem caipira. Foi realizado um
experimento com um total de 300 frangos de corte de linhagem caipira Vermelho Pesadão,
fêmeas. Foram avaliados cinco diferentes níveis de inclusão de óleo de copaíba (0,1; 0,5; 0,9 e
1,3 g kg-1
de ração) e o tratamento controle, a partir de um delineamento experimental
inteiramente casualizado com 5 repetições para cada tratamento. Os dados obtidos foram
submetidos a análise estatística pelo teste F e a comparação das médias pelo teste de Scott Knott
a 5% de significância. Durante o período de criação, foram coletados dados de desempenho
zootécnico, fisiológico, sanguíneo/resposta imunológica, rendimento de carcaça, de vísceras
(fígado, intestinos, moela, coração e gordura abdominal), cortes comerciais (coxas, sobrecoxas,
peito e asas), morfometria duodenal, pH intestinal e variáveis ambientais (temperatura do ar,
umidade relativa do ar e determinação do Índice de Temperatura e Globo Negro). Conforme as
variáveis ambientais analisadas, os frangos de corte foram criados sob condições de estresse
térmico, no entanto, o índice de viabilidade foi positivo, com baixa mortalidade. Os níveis de
óleo utilizados não apresentaram influência nas variáveis de desempenho zootécnico,
rendimento de carcaça, respostas fisiológicas e imunológicas dos frangos de corte. Foi
verificado melhora da morfometria intestinal por meio da maior relação de vilo:criptas, com
desenvolvimento das vilosidades e criptas do duodeno, ampliando a superfície de digestão e
absorção dos nutrientes, com comportamento morfométrico positivo nas aves, embora no
desempenho zootécnico esta melhora não tenha sido evidenciada. Em conclusão, a
suplementação de óleo de copaíba melhorou a saúde intestinal, aumentando as bactérias
benéficas e reduzindo as prejudiciais, melhorando a morfologia intestinal, sem afetar o
desempenho geral de crescimento. A suplementação de óleo de copaíba, com 0,5; 0,9 e 1,3 g/kg
de ração foram as mais benéficas para a microbiota associada à mucosa duodenal e integridade
intestinal de frangos de corte.