Foram selecionados 6 equinos da raça quarto de milha, adultos, sem distinção de sexo, com peso aproximado (431,8 ± 30,3 Kg), hígidos, comprovados por meio de exames clínicos, soro negativos para anemia infecciosa equina, hemograma completo com perfil bioquímico renal (ureia e creatinina), perfil hepático (Aspartatoaminotransferase, Fosfatase Alcalina, Albumina e Gama Glutamiltransferase) e exames parasitológicos dentro dos valores normais. Foi definida a utilização dos mesmos grupos de animais, com intervalo de sete dias, para minimizar a influência do temperamento e inconstância individual nas respostas comportamentais e fisiológicas avaliadas. Utilizou-se o grupo 1 - DEX (dexmedetomidina2 mcg/kg) e grupo 2 - DEXMET (dexmedetomidina2 mcg/kg e metadona 0,05mg/kg) para os quais foram avaliados: pressão arterial sistólica, frequência cardíaca, e eletrocardiograma (para avaliação de eventuais arritmias como bloqueio átrio ventricular e intervalo PR), frequência respiratória, temperatura reta, avaliação de mucosas, mensuração da distância queixo solo , avaliação do grau de ataxia, relaxamento muscular da língua e estímulo auricular com movimento de cabeça, glicemia e movimento intestinal. Todos os parâmetros foram mensurados no tempo zero (avaliação basal) e nos tempos 5, 10, 30, 60 e 90 minutos, respectivamente. As variáveis qualitativas foram apresentadas por distribuição de frequências absolutas e relativas. Todas as variáveis quantitativas foram apresentadas por medidas de tendência central e de variação e terão a normalidade avaliada pelo teste de Shapiro-Wilk. Na parte inferencial foram aplicados os seguintes métodos: (a) a comparação entre as variáveis FC, FR, Temperatura, PR, PAS, DQS, Glicemia foi realizada preferencialmente pelo teste t de Student, todavia, quando ao menos uma das amostras não apresentava distribuição gaussiana foi utilizado o teste U de Mann-Whitney; (b) as variáveis RML/MC, Graus de Ataxia e Estímulo auricular foram avaliadas pelo teste U de Mann-Whitney; a Ausculta dos quadrantes, Bloqueio atrioventricular foram avaliadas pelo Teste Exato de Fisher. Foi previamente fixado erro alfa em 5% para rejeição de hipótese nula e o processamento estatístico foi realizado nos programas BioEstat versão 5.3 e STATA release 17. Houve diferença estatística entre os grupos DEX e DEXMET, sendo observado efeito de tempo para as variáveis frequência cardíaca, frequência respiratória, temperatura retal, pressão arterial sistólica, glicemia e motilidade intestinal, porém essas diferenças não foram clinicamentesignificativas. No grupo DEXMET a distância queixo ao solo apresentaram menores distâncias em relação ao solo no grupo DEX. As variáveis relaxamento muscular da língua e estímulo auricular com movimento de cabeça e a ataxia não apresentaram diferenças estatísticas. Também não foram observadas alterações eletrocardiográficas (bloqueio átrio ventricular e intervalo PR). Conclui-se que a metadona potencializa e prolonga o efeito sedativo da dexmedetomidina, sem causar alterações cardiorrespiratória que limite sua utilização clínica, sugerindo que esta associação é segura para espécie.