A Biblioterapia é um método terapêutico realizado a partir da leitura de livros, principalmente, livros de literatura. Desde a Antiguidade, a leitura tem sido empregada para diversos fins terapêuticos. No final do século XVIII, na Europa, a Biblioterapia passou a ser usada nos principais hospitais para tratar de pessoas com diagnóstico de doença mental. No início do século XIX, nos Estados Unidos da América, foram realizadas as primeiras experiências com Biblioterapia em ambiente hospitalar. No Brasil, a Biblioterapia passou a ser divulgada no final do século XX. Neste sentido, a presente pesquisa, de cunho qualitativo, apresentou como objetivo, a partir de uma Revisão Integrativa, identificar e analisar fontes documentais publicadas entre os anos 2000 e 2018, sobre Biblioterapia no Brasil. Para tanto, os dados foram coletados nas bases de dados Scientific Electronic Library Online, Portal Periódico CAPES, Dedalus-USP, Acervus-UNICAMP, Base de Dados de Periódico em Ciência da Informação, Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações, a partir dos seguintes descritores: Biblioterapia, Biblioterapia e Psicologia, Biblioterapia e Saúde. No tocante aos resultados, foram localizados: 01 tese, 10 dissertações e 39 artigos que têm como tema a Biblioterapia. Os dados obtidos foram organizados em 05 categorias, a saber: a formação acadêmica do biblioterapeuta brasileiro; os principais locais de intervenções biblioterapêuticas; os participantes das intervenções biblioterapêuticas; a duração e os materiais usados nas intervenções biblioterapêuticas, e os efeitos das intervenções biblioterapêuticas. Esses dados foram analisados a partir da Análise de Conteúdo proposta por Bardin (2011) e apontam que, no Brasil, a maioria dos biblioterapeutas é formada em Biblioteconomia, Ciências da Informação e Psicologia. As intervenções biblioterapêuticas ocorrem em diversos ambientes, como: creches, escolas, universidades, hospitais e asilos. Participam das intervenções biblioterapêuticas: crianças, adolescentes, jovens, adultos e idosos que frequentam esses ambientes. Não existe um padrão na quantidade de intervenções biblioterapêuticas oferecidas, no tempo designado para as intervenções, na frequência estabelecida durante a semana e nos recursos usados nas intervenções biblioterapêuticas. Os estudos apontam que a Biblioterapia é curativa e preventiva, produz benefícios cognitivos, emocionais e comportamentais na vida dos participantes e dos biblioterapeutas. A Biblioterapia pode promover transformação individual e social, porque auxilia o participante a refletir sobre seus próprios sentimentos, pensamentos e atitudes, por isso precisa ser ampla e continuamente pesquisada para que ocorra a consolidação dela como disciplina nas grades dos cursos de graduação em Biblioteconomia, Ciências da Informação, Enfermagem, Letras, Medicina, Pedagogia, Psicologia e Recursos Humanos.