A Geografia é considerada uma ciência que permite, por meio da leitura, interpretação e análise de mapas, os estudantes terem condições de ler e apreender os fenômenos sociais e naturais observados, bem como compreender os conceitos próprios da disciplina e assim conhecer a sua realidade. Para tanto, a Cartografia aparece como uma importante linguagem significativa para a Educação Geográfica, pois a linguagem cartográfica é um meio que possibilita a leitura e análise das representações cartográficas - como forma de apreender sobre o espaço geográfico, como, também, assimilar os fenômenos que acontecem em diversos recortes espaciais. Assim, Educação Geográfica e a Cartografia escolar são elementos que ajudam na compreensão dos fenômenos espaciais e nos conteúdos geográficos. Nessa perspectiva, articulação entre a elas contribuem para o desenvolvimento do pensamento espacial, pois, trabalham com os conceitos relacionados ao espaço que auxiliam nesse pensamento. Dessa forma, entende-se o pensamento espacial como o processo da cognição humana, que é a obtenção do conhecimento que ocorre por meio do raciocínio, da percepção, memória, entre outros. Neste caso, quando se utiliza o pensamento espacial no contexto geográfico, tem-se o pensamento (geo)espacial, que é o pensamento espacial sobreposto em contextos geográficos, permitindo o entendimento das relações/situações cotidianas, e assim, associar aos conteúdos geográficos. O pensamento espacial potencializa um maior entendimento e raciocínio das relações que ocorrem no espaço no qual o homem está inserido. O papel do pensamento (geo)espacial está na compreensão da espacialidade dos fenômenos, são problemas abordados pela disciplina que proporcionam associar os conceitos geográficos com a realidade do estudante. Isto é, o pensamento (geo)espacial está ligado a exploração do espaço pelo ser humano, sendo o raciocínio geográfico, trabalhado ao longo no ensino básico, responsável por ampliar a capacidade humana de pensar o espaço, por isso esse pensamento é geográfico. Desse modo, esta pesquisa tem o objetivo de avaliar em que medida o pensamento (geo)espacial está desenvolvido nos alunos do 1º período de licenciatura em Geografia da Universidade do Estado do Rio de Janeiro - Faculdade Formação de Professores ano final do ensino básico. O método empregado para a pesquisa é o misto a partir da investigação dedutiva, com o objetivo de compreender e analisar qualitativa e quantitativamente os dados obtidos por meio da realização de seis atividades voltadas para o pensamento (geo)espacial, em parceira com os alunos de graduação. Após a tabulação e análises dos dados, os resultados mostraram que os discentes apresentam algumas dificuldades em relação as habilidades do pensamento espacial investigadas, principalmente na habilidade de orientação. Pôde-se concluir que os discentes possuem baixo nível de desenvolvimento do pensamento (geo)espacial, existindo uma grande dificuldade no pensar geoespacialmente, visto que somente alguns conseguiram articular as modalidades do pensamento espacial com o conteúdo abordado na atividade.