A epígrafe das condições históricas que levou o Institute International of Education,
como representante do departamento de Estado dos Estados Unidos, a desenvolver o
processo de oligopolização estadunidense que destacou a Educação e o Ensino Superior
como os referenciais de desenvolvimento dos Estados latino-americanos foi a política
expansionista. Nesse sentido, o Institute International of Education, em 1958, constituiu
o Conselho de Educação Superior nas Repúblicas Americanas para que este, com
atribuições definidas e a partir de dados coletados acerca dos parâmetros estruturais do
inventário educacional na América Latina, propusesse um compêndio curricular que se
adequasse às perspectivas de modernização e ‗mundialização‘ da educação e do ensino
superior. No Brasil, a inferência promovida pelo Institute International of Education
(IIE), a partir do Conselho de Educação Superior nas Repúblicas Americanas
(CHEAR), requereu formulações produzidas pelos instrumentos políticos da ideologia
estadunidense, organismos internacionais, bem como de alguns modelos econômicos,
para, em princípio, referenciar a reorganização de programas e currículos educacionais
para o ensino superior. Todavia, a nosso ver, possivelmente essas referências exerceram
influências quanto à organização da reforma universitária, através da Lei 5540, em 1968
no Brasil. Assim, o objetivo desta tese foi promover o exame de uma suposta
passionalidade da política institucional brasileira que, possivelmente, tenha autorizado o
Conselho de Educação Superior nas Repúblicas Americanas, como representante do IIE,
a condimentar, por algumas sugestões, à organização de Programas Educacionais, bem
como do Currículo de Educação Superior através da Reforma Universitária de 1968 que
subjazeria o processo de formação do indivíduo intelectual, social e ‗suficiente‘ da
‗nova sociedade‘ brasileira.