O Brasil conta com uma parcela expressiva de Museus dentro do seu território, abrangendo diversos tipos: de História, Arte, Ciências, Museus Comunitários, de Antropologia, Museus de Território – como o próprio Brasil, com muita heterogeneidade de temáticas possíveis. Museus são espaços culturais que permitem a mediação entre a sociedade e a pesquisa, e a troca entre esses dois agentes, a partir disso, vale destacar a importância da Informação que deve ser da maneira satisfatória na comunicação entre eles – o Acervo museológico tem como papel a propagação e inoculação do conhecimento. Contudo, esse processo de musealização e troca de informações, nem sempre conta com equipes interdisciplinares, nem sempre é efetiva, ocorrendo muitos ruídos na exposição desses acervos. Com isso, traz a reflexão e a importância do Design da Informação para esses espaços e equipes, que tem como processo de conceber, planejar, coordenar, projetar, selecionar diversos elementos para criar então comunicação – considerada como arte e ciência de entabular a Informação para ser utilizada com eficácia e eficiência. Dentro de um Museu, a Informação tem como suporte a Sinalização, a apresentação da informação seja com base nas fotografias, figuras ou símbolos deve apoiar sempre a compreensão do visitante que no espaço está. À vista disso, enfatiza-se a importância da comunicação do conteúdo das narrativas do Museu ao público visitante para sua orientação no espaço e sua compreensão. Foi verificado que nem sempre a orientação do público visitante dentro de um espaço museal ocorre sem “ruídos”, verificando a necessidade de uma pesquisa acerca do Design dentro do espaço museal e como essa área pode contribuir para ampliação nessa experiência do visitante. Além disso, traz critérios do Wayfinding – que tem como axioma
processos cognitivos em que as pessoas executam para se deslocar em determinado espaço. Em vista disso, a presente pesquisa de mestrado tem como escopo evidenciar que o Design da Informação e Design de Exposição inseridos em projetos de museus podem ampliar a experiência do visitante. Neste contexto, a pesquisa centrou-se em cinco aspectos centrais: Design da Informação, Ergonomia Cognitiva, Experiência do Usuário, Design Emocional e Museus. A pesquisa iniciou-se com revisão de literatura acerca dos aspectos centrais, citados anteriormente, além de usar critérios da Revisão Sistemática Bibliográfica (RBS) para justificar a escassez de pesquisa acerca do assunto, mostrando-se relevante a presente pesquisa. Coleta e análise de dados com visitantes, considerados maiores de 18 anos, em Museus de diferentes abordagens da cidade de Florianópolis, N=126 (dividido entre: Museu de Arte de Santa Catarina, Museu da Escola Catarinense e Museu Histórico de Santa Catarina), foram realizadas, assim como o uso da ferramenta Geneva Emotion Wheel da qual houve uma grande receptividade por parte dos visitantes voluntários da pesquisa. Os resultados da Correlação de Spearman entre as variáveis de estudo ligadas as interações cognitivas e a ampliação da Experiência do Visitante, permite corroborar a hipótese de pesquisa, visto que a partir dos resultados verificou-se como o Design de Exposição pode contribuir para uma melhor experiência do visitante no espaço museal, além de possibilitar a sistematização das diretrizes a serem utilizadas. A presente pesquisa insere-se no domínio dos Estudos em Fatores Humanos, na linha do programa de Interfaces e Interações Cognitivas ao abordar um tema que considera os visitantes de museus e as interações cognitivas existentes dentro desse sistema, considerando a percepção deles dentro dos espaços museais.