O aquecimento global vem sendo debatido pela sociedade científica há décadas e da mesma
forma tem chegado à sociedade civil, ou seja, a todos os lares, transmitidas pela mídia falada e
escrita, sobre as mudanças do clima e suas consequências causadas pela variação da energia
solar e emissão dos gases efeito estufa (GEE). Este assunto faz com que as pessoas tomem
ciência das mudanças climáticas e das atividades humanas que o afetam. Um dos
componentes da superfície do planeta afetado pelo aquecimento são os oceanos. As
consequências são: elevação do nível do mar, aumento da acidez e retração das geleiras. Para
contribuir na diminuição da temperatura dos oceanos, este estudo vem explorar novas
maneiras de conter o aumento de temperatura dos oceanos por meio da ação bioquímica de
organismos fitoplânctons, tais como: algas e diatomáceas. Foram analisados os criadouros de
algas, os materiais utilizados em sua construção e sua localização, estabelecendo como base a
hipótese científica de CLAW, que aborda a questão a partir da conexão entre algas e nuvens,
através do processo de oxidação do Sulfeto de Dimetila (DMS) liberado por meio do
fitoplâncton marinho, favorecendo a formação de nuvens sobre os oceanos. Da mesma forma,
foi analisada a contribuição das diatomáceas, micro-organismos fotossintezantes que
absorvem dióxido de carbono (CO2) da atmosfera. Neste estudo, consideramos as diatomáceas
como potenciais colaboradores para diminuir a temperatura dos oceanos, pois são
responsáveis por 20% da fixação global de carbono. Deste modo, haverá um declínio de CO2
na camada de Gás de Efeito Estufa (GEE), consequentemente diminui a Radiação Solar de
Onda Longa (ROL), que diminui a quantidade de calor aprisionado na atmosfera que aquece o
oceano. A sua localização no oceano é mais abrangente comparada aos criadouros de algas,
que estão localizados próximos à zona litorânea, uma faixa pequena comparada com a
diatomácea. Para suprir os locais onde há declínio de existência de diatomácea por falta de
nutrientes, sugerimos acrescentar nos oceanos o nutriente Sílica (SiO2). Esse nutriente pode
ser extraído, dos rejeitos da indústria de fundição e agroindústria. Na fundição é extraído do
pó de exaustão, que é gerado e descartado durante o processo de confecção de moldes de
areia. Na agroindústria é extraído da casca do arroz, que da mesma forma é descartada.
Considerando à maior produção de arroz, propomos que para trabalhos futuros, outros estudos
dessa ordem sejam realizados, utilizando a sílica extraída da casca do arroz. Sendo o Brasil
um dos 10 maiores produtores de arroz do mundo, com 12,7 milhões de toneladas de arroz e a
casca de arroz representa 3% da massa da planta do arroz, terá grande contribuição. A casca
de arroz pode acumular 15% em massa de sílica, sendo assim, no Brasil cerca de 57.000
toneladas de sílica poderiam estar disponíveis ao consumo. Desta forma, 381.000 toneladas
do resíduo de casca de arroz, gerado pela agroindústria, deixaria de ser depositado em aterros
sanitários, contribuindo para o meio ambiente.