Plano Acadêmico:
5. Perfil da Instituição Receptora
A Instituição receptora desta proposta é a Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), denominação atual que data de 15 de dezembro de 1999, teve início em 1968, através da Lei Municipal nº 20/68, de 28/09/68, que a criou, com a Fundação Universidade Regional do Rio Grande do Norte (FURRN). Localizada no município de Mossoró-RN, nasce da aglutinação de quatro faculdades isoladas, criadas a partir de 1943, a saber: Faculdade de Ciências Econômicas, Faculdade de Serviço Social, Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras e a Escola Superior de Enfermagem.
Em 1987, a Universidade é estadualizada e passa a ser denominada Universidade Regional do Rio Grande do Norte (URRN). A estadualização da Universidade mudou o perfil da Instituição. A realização de concurso público para docentes, a elaboração de planos de carreira para docentes e técnicos administrativos e a institucionalização de um plano de capacitação docente configuraram, a partir de então, um novo cenário acadêmico e profissional na Universidade.
No início dos anos de 1990, na forma do Parecer nº. 277/93 do Conselho Federal de Educação, a IES obteve o ato de reconhecimento como Universidade pública de direito, outro marco importante na sua trajetória acadêmica. Em setembro de 1997, por força de lei estadual, passou a chamar-se Universidade Estadual do Rio Grande do Norte, mantendo, porém, a sigla URRN. Em dezembro de 1999, nova lei estadual altera a denominação para Universidade do Estado do Rio Grande do Norte, com a adoção da sigla UERN.
A expansão da UERN, no Rio Grande do Norte, resulta da consolidação da infraestrutura do Campus Central em Mossoró (1974), da criação do Campus de Assu (1974), seguido do Campus de Pau dos Ferros (1977) e do Campus de Patu (1980). Passadas duas décadas de expansão geográfica, a UERN chega também à capital do Estado e à cidade de Caicó, com a estrutura de Campus, criados, respectivamente, em 2002 e 2006.
Até o reconhecimento pelo Conselho Federal de Educação, em 1993, a UERN ofertou os cursos de Pedagogia, Letras, História, Geografia, Matemática, Ciências Econômicas, Ciências Contábeis, Serviço Social, Educação Física, Direito e Enfermagem. Após o reconhecimento antes mencionado, novos cursos foram criados, a exemplo de Física, Química, Biologia e, mais tarde, o curso de Ciência da Computação.
Assim, impulsionada pelos desafios postos pela sociedade e, especialmente, pela reforma educacional em vigor, com implementação da Lei de Diretrizes e Bases (LDB), a UERN tem concretizado iniciativas que permitem avançar no aprimoramento da qualidade das atividades de ensino, pesquisa e extensão.
A partir de 2002, a adesão a novas áreas do conhecimento foi feita e novos cursos foram criados, além disso, outros já existentes foram expandidos interiorizados. A área da Saúde criou os cursos de Medicina e de Odontologia. A área de Ciências Sociais Aplicadas passou a ofertar os cursos de Turismo e de Gestão Ambiental; a de Ciências Sociais, os cursos de Ciências da Religião e Comunicação Social; a de Ciências Humanas, Filosofia, Música e uma habilitação em Língua Espanhola no curso de Letras.
A expansão geográfica da UERN é acompanhada pelo incremento na oferta de cursos e, em 2011, após 43 anos de existência, essa IES ofertou 31 cursos de graduação diferentes, entre licenciaturas e bacharelados. Considerando que alguns deles são ministrados em mais de uma unidade acadêmica, contabilizam-se 79 opções distribuídas no Campus Central, Campi Avançados e Núcleos de Educação Superior. Desenvolve cursos de pós-graduação lato sensu e stricto sensu, além de diversos Programas, Projetos, Cursos e Eventos de Extensão. De acordo com o Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) desta instituição, em 2008 a UERN contava com quase 12.000 alunos de graduação e pós-graduação.
A UERN tem feito grandes conquistas quanto à aprovação de programas institucionais junto à CAPES, como o PIBID (Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência) e o PRODOCÊNCIA (Programa de Consolidação das Licenciaturas), os quais propõem articulações entre a formação inicial superior do licenciado e as escolas e os sistemas estaduais e municipais de educação focalizando o entorno de abrangência de seus cursos.
Em sua trajetória histórica, a UERN, objetivando consolidar-se como Instituição de Ensino Superior, tem concentrado esforços no sentido de estruturar-se administrativa e academicamente, de forma que, sensível às demandas advindas do acelerado avanço tecnológico e das transformações econômico-sociais em curso na sociedade contemporânea, viabilize sua missão institucional, comprometendo-se com o desenvolvimento do homem, da ciência, da tecnologia e do Estado do Rio Grande do Norte, através do fortalecimento das suas atividades de ensino, pesquisa e extensão.
É missão da UERN promover a formação de profissionais competentes, críticos e criativos, para o exercício da cidadania, além de produzir e difundir conhecimentos científicos, técnicos e culturais que contribuam para o desenvolvimento sustentável da região e do País.
5.1. Justificativa
A UERN é uma instituição estadual, localizada exclusivamente no interior do estado e, portanto, localizada fora dos centros consolidados de ensino e pesquisa; o campus Central, onde há o curso de Licenciatura em Música, situa-se em Mossoró. Portanto, a capacitação dos professores desta instituição necessita de parcerias que possibilitem o apoio de instituições sólidas, permitindo a qualificação de seus docentes e estimulando a inserção dos mesmos em grupos de pesquisa e a na produção de conhecimento científico.
Portanto, o PCI trará contribuições nesta direção e, ao formar novos doutores, estará potencializando a criação do Programa de Mestrado em Educação Musical da UERN e outro/s que poderão ser criados, fortalecendo também, as políticas e programas de pesquisa, bem como, outras frentes de formação, em diálogo com as redes públicas de educação básica.
No Departamento de Artes da UERN, há 10 professores efetivos (2 doutores e 8 mestres), 2 professores temporários e 1 professor visitante, cuja atuação prioritária, à exceção deste último, se dá no curso de Licenciatura em Música da instituição.
5.2 Relevância
A proposta desta turma especial traz, pelo impacto social e pedagógico, a possibilidade de capacitação de um maior número de professores, em nível doutorado. Essa necessidade de capacitação se deve, principalmente, pelo fato da UERN, campus Mossoró, ser uma instituição estadual, localizada exclusivamente no interior do estado e comprometida integralmente com a formação de mão de obra qualificada, com o objetivo de dinamizar o crescimento de profissionais das mais diversas áreas no interior do Rio Grande do Norte.
Nesse sentido, a opção pelo doutorado em Música, na modalidade PCI, permitirá a qualificação dos professores em tempo relativamente curto (04 anos), com afastamento parcial, consentindo a adequação de suas atividades docentes, sem prejudicar a oferta de turmas/disciplinas e a operacionalização dos períodos letivos de aula na graduação.
O curso de Licenciatura em Música da UERN cumpre, com grande sucesso, a expectativa de seu projeto de preparar profissionais de Música para atuarem na Educação Básica, visto que parte considerável dos egressos deste curso atuam na Educação Básica como professores de Música ou Artes/Música.
O objetivo proposto neste PCI é viabilizar a formação de doutores em instituições no interior dos estados ou regiões com maior carência de recursos humanos de alto nível, assegurado o padrão de qualidade requerido desse nível de curso. Nesse sentido, um objetivo a ser atingido com este projeto é o de explorar o potencial do programa de Pós-graduação já consolidado ofertado pela UNIRIO, estrategicamente localizado para participar desse tipo de atividade e com um quadro de docentes de elevado nível acadêmico e de grande diversidade.
A opção de parceria com Programa de Pós-Graduação em Música da UNIRIO, como instituição promotora, decorre, em especial, por este se tratar de um programa de alto padrão e comprovada excelência em prol da produção técnico-científica brasileira.
Salientamos também a relevância social da Instituição Promotora para o país pela sua contribuição para a redução das desigualdades regionais e intra-regionais, no que diz respeito à capacitação dos docentes do ensino superior, formação e consolidação de grupos de pesquisa, expansão e fortalecimento da pós-graduação, bem como à indução da formação de pessoal de alto nível.
5.3. Impacto da proposta
O impacto esperado com o Projeto DINTER é a titulação de 5 doutores em Música que irão compor o quadro de docentes do Departamento de Música (na Graduação, com possíveis atuações na Pós-graduação, e como colaboradores em outras instituições). Esta qualificação também possibilitará a criação de uma Programa de Pós-Graduação em Música na UERN.
Pretende-se ainda consolidar grupos de pesquisa em Música, estimular publicação em periódicos de qualidade nacional reconhecida, estabelecer parcerias no âmbito nacional, além de formar novos pesquisadores na área da Música.
Além disso, haverá o fortalecimento do curso de graduação, grupos de ensino e pesquisa, mediante a participação de alunos de graduação em iniciação científica e, consequentemente, a criação e o fortalecimento, na instituição, de linhas de pesquisa que respondam às necessidades regionais e ampliem o comprometimento institucional com o desenvolvimento da região, sem contar na diminuição do êxodo do aluno do interior para os grandes centros urbanos e melhoria na qualidade do ensino.
Por fim, haverá um estímulo da produção científica e tecnológica e o intercâmbio interinstitucional.
PLANO ACADÊMICO DA PROPOSTA
8.1. Objetivos e metas
O curso de doutorado PCI objeto do convênio tem por metas:
1. A formação, em nível de doutorado, de 05 profissionais que já atuam na UERN;
2. A inserção dos doutores formados no PCI nos atuais e futuros cursos de pós-graduação stricto sensu da UERN
Nesse sentido, o curso objetiva:
-Formar doutores comprometidos com o avanço do conhecimento para o exercício, especialmente, da pesquisa e do ensino em nível superior;
- Estimular a produção e a socialização do conhecimento no campo da educação e da educação científica e tecnológica;
- Contribuir para uma reflexão contínua e crítica dos processos educativos voltados à formação dos profissionais da educação e da educação científica e tecnológica.
8. 2. Critérios e sistemática de seleção dos alunos
O processo seletivo ocorrerá em duas fases, cada uma delas eliminatória.
Os candidatos vinculados à Receptora e interessados em ingressar no curso de doutorado promovido pelo Projeto PCI/UNIRIO-UERN se submeterão a um processo seletivo específico, de acordo com as normas regimentais do PPGM, publicadas através de Edital próprio e único para o atual PCI, elaborado e aprovado pelo Colegiado do PPGM. Uma Comissão de Seleção, aprovada pelo Colegiado do PPGM, será constituída para presidir o processo seletivo.
Os documentos exigidos para a inscrição deverão ser enviados em formato digital através do formulário eletrônico de inscrição cujo link estará no site do PPGM: http://www.unirio.br/ppgm. Todos os documentos pedidos deverão ser anexados em formato digital (pdf) no próprio formulário (upload dos arquivos).
Documentos cujo envio é exigido para a inscrição:
I. Cópia em formato PDF de diploma ou declaração de conclusão de curso de Mestrado. O diploma deve ser reconhecido por órgão competente do Ministério da Educação se o curso de graduação foi realizado no Brasil ou revalidado por órgão competente do Ministério da Educação para cursos de graduação realizados no exterior;
II. Cópia em formato PDF do histórico escolar do curso de Mestrado. No caso do candidato ter cursado o Mestrado em instituição estrangeira, deve ser enviada cópia em formato PDF da tradução juramentada do histórico escolar;
III. Cópia em formato PDF do documento oficial de identificação com foto ou passaporte (para estrangeiro) e CPF;
IV. Cópia em formato PDF do certificado de reservista (candidato do sexo masculino);
V. Duas fotos 3x4 recentes;
VI. Cópia em PDF da versão Resumido Padrão CNPq de no máximo os últimos 3 (três) anos do Curriculum Lattes preenchido na plataforma Lattes (http://lattes.cnpq.br);
VII. Pré-projeto de pesquisa, em formato PDF, com texto de até 20 mil caracteres com espaço. As Referências e Resumo não contam.
VIII. Para os candidatos da linha de pesquisa Processos Criativos em Música: cópias em formato PDF de partituras e/ou gravações. No caso de gravações, deverão ser enviados os links para a plataforma YouTube (observação: o candidato deverá selecionar a opção compartilhamento “não listado”).
Constatada a qualquer tempo, a falsificação de firma ou de cópia de documento público ou particular, a coordenação PPGM considerará não satisfeita a exigência documental respectiva e, no prazo de até 5 (cinco) dias úteis, dará conhecimento do fato à autoridade competente para adoção das providências administrativas, civis e penais cabíveis conforme o Decreto nº 9.094, de 17 de julho de 2017 em seu art.10 § 2º.
8.3 Descrição das fases do processo de seleção:
1ª. Fase: Análise do Projeto de Tese e Currículo quanto às relações entre a produção do candidato e o tema proposto para a pesquisa; a precisão entre o problema de pesquisa e a metodologia e a relação com as pesquisas da orientação proposta. Será atribuída nota de zero a 10 para o Projeto.
2ª. Fase: Prova Oral, a ser realizada de forma remota, na qual o candidato será questionado sobre seu projeto de pesquisa, considerando-se bibliografia atualizada em relação ao foco do trabalho proposto e apontando as contribuições que o mesmo traz para a área. Será atribuída nota de zero a 10 para essa prova.
A nota final será obtida pela média aritmética das notas obtidas nas duas etapas. Serão aprovados os candidatos com média igual ou superior a 7,0. (sete).
A UNIRIO se reserva ao direito de não preencher as vagas previstas.
8.4 Sobre as disciplinas a serem cursadas
Para a obtenção do grau de Doutor, o doutorando deverá cumprir um mínimo de 69 créditos assim distribuídos: 12 (doze) relativos a disciplinas obrigatórias, 9 (nove) a disciplinas optativas; 8 (oito) relativos à Elaboração de Tese, e 10 (dez) à defesa de tese; os 30 (trinta) créditos restantes poderão ser aproveitados dentre os obtidos em Curso de Mestrado em Música ou área afim, credenciado e com conceito igual ou superior a 3 (três), desde que tenha o aval do Orientador e a aprovação do colegiado do PPGM. O aluno pode ainda obter créditos suplementares relativos a disciplinas de sua escolha.
As disciplinas obrigatórias caracterizam-se por enfocar referenciais teóricos e metodológicos vinculados às linhas de pesquisa.
As disciplinas optativas caracterizam-se por enfocar conteúdos específicos vinculados às linhas de pesquisa. As disciplinas optativas podem ser realizadas tanto no PPGM-UNIRIO quanto em outro programa de pós-graduação que tenha nota 3 (três) como pontuação mínima.
Disciplinas obrigatórias de uma linha de pesquisa podem ser consideradas optativas para as demais linhas. O pós-graduando pode obter créditos suplementares relativos a disciplinas optativas de sua escolha oferecidas em outros programas de pós-graduação (disciplina externa) reconhecidos pela Capes tendo 3 (três) como pontuação mínima. Para tanto deverá obter autorização do seu orientador, da coordenação do PPGM-UNIRIO, e do programa responsável pela disciplina externa.
CRÉDITOS – DOUTORADO (69)
(O crédito é a unidade de medida do trabalho acadêmico e corresponde a 45 horas de atividades de aulas, seminários, pesquisas teóricas ou práticas ou estudo dirigido)
Áreas Tipo Créditos
Todas Disciplinas obrigatórias 12
Disciplinas optativas 9
Elaboração de tese/Produto Artístico I 2
Elaboração de tese/Produto
Artístico II 2
Elaboração de tese/Produto Artístico III 2
Elaboração de tese/Produto
Artístico IV 2
Musicologia e Música e Educação Defesa da tese 10
Práticas Interp. e Processos Criativos em Música Defesa da tese 5
Defesa do produto artístico 5
Total 69*
*Mestrado concluído em Música ou área afim: 30 créditos concedidos
DISCIPLINAS EXCLUSIVAS DO DOUTORADO EM MÚSICA - Obrigatórias
LINHAS DE PEQUISA DISCIPLINA CRÉDITOS
Todas as linhas Seminários Avançados em Música 3
Teoria e Prática da Interpretação em Música Seminários Avançados em Teoria e Prática da Interpretação 3
Documentação e História da Música Seminários Avançados em Documentação e História da Música 3
Linguagem e Estruturação Musical Seminários Avançados em Linguagem e Estruturação Musical 3
Etnografia das Práticas Musicais Seminários Avançados em Etnografia das Práticas Musicais 3
Ensino e aprendizagem em Música Seminários Avançados em Ensino e Aprendizagem em Música 3
Processos Criativos em Música Seminários Avançados em Processos Criativos em Música 3
Todas as linhas Ensaio I 3
Todas as linhas Ensaio II 3
Para alunos PCI Estágio de Docente I 3
DISCIPLINAS COMUNS AO MESTRADO E AO DOUTORADO – OPTATIVAS
DISCIPLINAS COMUNS AO MESTRADO E DOUTORADO - Optativas
DISCIPLINA CRÉDITOS
Tópicos Especiais em Documentação e História da Música I 3
Tópicos Especiais em Documentação e História da Música II 3
Tópicos Especiais em Etnografia das Práticas Musicais I 3
Tópicos Especiais em Etnografia das Práticas Musicais II 3
Tópicos Especiais em Linguagem e Estruturação Musical I 3
Tópicos Especiais em Linguagem e Estruturação Musical II 3
Tópicos Especiais em Teoria e Prática da Interpretação I 3
Tópicos Especiais em Teoria e Prática da Interpretação II 3
Tópicos Especiais em Ensino e aprendizagem em Música I 3
Tópicos Especiais em Ensino e aprendizagem em Música II 3
Tópicos Especiais em Processos Criativos em Música I 3
Tópicos Especiais em Processos Criativos em Música II 3
Tópicos Especiais I 3
Tópicos Especiais II 3
Tópicos Especiais III 3
Tópicos Especiais IV 3
Estágio Docente I 3
8.5 Planejamento do estágio obrigatório dos alunos junto ao Programa Promotor
Levando em consideração que este plano prevê a qualificação dos docentes da UERN para a criação de futuro programa de Pós-Graduação, o estágio obrigatório está previsto para ocorrer durante um semestre letivo, a partir do quarto período do curso, devendo ser realizado integralmente na sede da instituição promotora (UNIRIO). A adequação de sua realização dependerá do cronograma de atividades planejadas pelo doutorando e devidamente acordado com seu orientador(a), ajustado ao plano de afastamento previsto pela UERN.
Os períodos de estágios estarão vinculados a todas as atividades realizadas no Programa, sendo que o aluno deverá, em concordância com o orientador, fazer um planejamento de modo a participar das reuniões do Colegiado, conhecer as aulas e metodologias de ao menos 03 professores do programa, cumprir parte de sua carga horária junto à secretaria do PPGM a fim de se ambientar com os procedimentos burocráticos, como o preenchimento da plataforma Sucupira, além de participar, quando convidado de outras reuniões que o PPGM venha a convocar.
9. Ações voltadas para minimização dos riscos de endogenia na formação dos doutores
A proposta do doutorado PCI envolve duas Instituições distintas e candidatos que não se formaram na unidade promotora. A formação profissional de origem dos professores da Instituição promotora é variada e conta com um quadro que desenvolve linhas e grupos de pesquisa sem similares na Instituição Receptora, o que certamente, é um fator que reduz fortemente qualquer relação endógena.
A direção acadêmica será de inteira responsabilidade da UNIRIO, que buscará acomodar interesses dos candidatos/selecionados, dentro das linhas do Programa sem, entretanto, fugir de seus objetivos maiores e regimentais.
A co-orientação de docentes da Receptora será sempre bem-vinda à medida que sejam preservados os princípios acadêmicos da UNIRIO
10. Este Plano de Trabalho poderá fazer uso de aulas remotas, conforme disposto na Portaria nº 544, de 16 de junho de 2020, do Ministério da Educação, que dispõe sobre a substituição das aulas presenciais por aulas via meios digitais, enquanto durar a situação de pandemia do novo coronavírus SARS-CoV-2 e Parecer n° 5 do Conselho Nacional de Educação (CNE) de 28 de abril de 2020, que autoriza a oferta de atividades não presenciais em todas as etapas de ensino, desde a educação infantil até o ensino superior.
Dentre as possibilidades a serem oferecidas neste ambiente estão:
a. Transmissão dos seminários docentes do programa.
b. Transmissão de seminários de docentes convidados.
c. Aulas de discussão –agendamento prévio
d. Reuniões para implementação de grupos de pesquisa na UNIRIO com pesquisadores das diferentes linhas de pesquisa da UERN
e. Orientações individuais ou para grupos.
No entanto, os Estágios Docentes deverão ocorrer de forma presencial, na instituição promotora, a partir do 4º semestre do curso.
Ao findar os riscos causados pela pandemia, as aulas presenciais, em módulos compactos, serão realizadas na instituição receptora, em calendário a ser definido posteriormente. O PPGM/UNIRIO arcará com os custos de deslocamentos e diárias dos docentes que irão ministrar as disciplinas, através da verba Proap.
10.1. Sobre as orientações
Os orientadores serão designados pela UNIRIO a cada um dos ingressos e acompanharão os doutorandos durante todo o período da sua formação, seja discutindo os elementos teórico-metodológicos das pesquisas voltadas às teses, seja sugerindo atividades disciplinares e outras (diferentes eventos, publicações e interlocução qualificada), próprias da comunidade científica da área.
Infraestrutura Disponível na Instituição Receptora:
Perfil do Programa de Pós-Graduação em Música e infraestrutura da Instituição Promotora
O Programa de Pós-Graduação em Música da UNIRIO funciona dentro da estrutura física do Instituto Villa‐Lobos (IVL), que constitui‐se de dois prédios exclusivos (Blocos 1 e 2) e parte dos Blocos 3 e 5 do Centro de Letras e Artes (CLA). O uso compartilhado dos espaços de laboratório, salas de aula para o ensino, a prática e a pesquisa, e dos espaços de apresentação artística são fatores de integração importantes, dos quais tanto a graduação quanto a pós‐graduação se beneficiam. Os convênios FINEP/UNIRIO e FAPERJ têm sido, desde 2003, essenciais para a modernização dos espaços físicos do IVL. Em 2013 foi realizada a compra de 2 pianos de cauda e 17 pianos de armário com verbas REUNI (Reestruturação e Expansão das Universidades Federais).
Bloco I: 16 salas de aula, sendo 7 salas com 1 piano de armário, 1 sala com 2 pianos de armário, 1 sala com piano de armário e piano de cauda, 5 com pianos de cauda, Sala Alberto Nepomuceno (mini auditório com capacidade para 90 pessoas) com dois pianos de cauda e Sala Chiquinha Gonzaga (mini auditório com capacidade para 30 pessoas) com um piano de cauda e um piano de armário.
Bloco II: 22 salas de aula, sendo 13 com pianos de armário. Nesse bloco existem 2 mini auditórios:
Sala 2‐303, destinada a ensaio coral, palestras e defesas com piano de armário e a Sala Guerra‐Peixe com piano de cauda. Em 2012, foi finalizada a reforma em 7 salas de aula e 5 gabinetes dos 2º e 3º andares do Bloco II com troca de piso, portas, instalação de ar‐condicionado e renovação de instalações elétricas e de rede com verba FINEP (Financiadora de Estudos e Projetos). O Bloco II do
IVL conta com 6 laboratórios, chamados de LABES, incluindo do Estúdio Radamés Gnattali e o Laboratório para aulas de Harmonia ao Teclado (HARTEC) com capacidade para ensino de piano em grupo.
Bloco III: Sala de vídeo, LAMAC (informações na seção de Laboratórios em seguida), Laboratório de Informática do CLA e o Arquivo Setorial. Toda a documentação histórica do IVL, assim como a remanescente do Conservatório Nacional de Canto Orfeônico e do Conservatório Nacional de Teatro encontra‐se na sala – Unidade de Arquivo e Protocolo Setorial do CLA – Professor Doutor Sílvio Augusto Merhy – remodelada e reestruturada em 2010 com verbas da Faperj em projeto apresentado e coordenado pelo Prof. Silvio Merhy (agora aposentado). A reestruturação proporcionou um novo espaço de pesquisa da memória e da história de estruturação acadêmica dos cursos do Centro de Letras e Artes da UNIRIO. Equipado com ar condicionado, 2 computadores, 1 impressora, telefone e
máquina de limpeza de documentos.
Bloco V: Sala Villa‐Lobos, com dois pianos de cauda; salas de aula de trompete e trombone com pianos, aparelho de som e computador; e sala de conjuntos com piano, teclados, computadores, datashow e impressora; estúdio de gravação com capacidade de sonorização e registro fonográfico dos eventos artísticos realizados na Sala Villa‐Lobos.
6.1. Laboratórios
A infraestrutura de laboratórios é importante ponto de apoio e difusão de pesquisa e produção. Os convênios FINEP/UNIRIO e FAPERJ têm sido, desde 2003, essenciais para a modernização dos espaços físicos do IVL. Atualmente, os laboratórios partilhados com a graduação, no IVL, ou com o CLA, de acordo com as orientações da CAPES e dos órgãos de fomento como a FINEP e o CNPq, mantêm seus programas de pesquisa e integração com a graduação e a extensão.
São eles:
1. Sala Guerra‐Peixe (Bloco 2), para aulas, reuniões e defesas de dissertações e teses, equipada com piano de 1/4 de cauda Kawai, equipamento audiovisual e equipamento de videoconferência e lousa interativa em funcionamento. Responsável: Coordenador do PPGM.
2. Audiovisual (Bloco 3), compartilhada com o CLA, destinada a aulas e defesas, equipada com aparelhos de exibição de vídeo e DVD. Responsável: Decania do CLA.
3. LIC‐M1‐A (Bloco 5): Laboratório de Criação, Investigação e Apresentação Musical ‐ Sala de Metais, equipada para realização de ensaios e trabalhos relacionados às práticas interpretativas com piano de armário. Responsável: Prof. Maico Lopes.
4. LIC‐M1‐B (Bloco 5): Laboratório de Criação, Investigação e Apresentação Musical ‐ Sala de Trombone, equipada para realização de ensaios e trabalhos relacionados às práticas interpretativas. Com piano de armário, computador e equipamento de som. Responsável: Prof. João Luiz Areias.
5. LIC‐M2 (Bloco 5): Laboratório de Investigação e Criação Musical II (Sala de Conjuntos). Responsável: Prof. Tiago Trajano
6. LIC‐M3 (Bloco 2): Laboratório de Criação, Investigação e Apresentação Musical – Estúdio deMúsica Eletroacústica (EME)‐ fundado em 1992, com auxílio da FAPERJ. Responsável: Prof. Marcelo Carneiro.
7. LIC‐M4 (Bloco 1): Laboratório de Criação, Investigação e Apresentação Musical – Sala Alberto Nepomuceno, destinada a aulas, defesas e apresentações musicais, equipada com dois pianos de cauda, equipamento de som e de vídeo. Responsável: Direção do IVL.
8. LAARD‐M (Bloco 5): Laboratório de Apresentação Artística e Registro Digital ‐ Música, – Sala Villa‐Lobos. Totalmente remodelada para utilização acústica em 2007 e atualizada com equipamentos de sonorização, gravação e iluminação em 2014, está equipada com dois pianos de cauda. Em plena atividade tanto no âmbito acadêmico como na programação musical da cidade do Rio de Janeiro, abriga o Projeto de extensão “UNIRIO Musical”, série de concertos semanal destinada à comunidade interna e externa. Responsável: Direção do IVL.
9. Laboratório de Investigação em Música Popular (LaIMP) (Bloco 2): Laboratório de Editoração e Gravação Eletrônica – Laboratório Midi e Tecnologia Musical, centro de apoio a pesquisas em Música Popular Brasileira que envolvem o uso de softwares específicos para notação musical, gravação e edição de áudio e MIDI.
Responsáveis: Prof. Clifford Korman e Paula Faour
10. O LAMAC (Bloco 3), Laboratório de Memória das Artes e da Cultura, antigo CEMA (Centro de Memória das Artes) inaugurado em 2010, com fomento da FINEP em 2012, com computadores, impressoras, ilha de edição e câmeras; manteve suas atividades que tem como finalidade de disponibilizar infraestrutura e recursos tecnológicos para atividades no âmbito do ensino, da pesquisa e da extensão do CLA da UNIRIO. Atualmente o LAMAC abriga o Núcleo de Imagem e Som (NIS) composta de uma equipe de 9 profissionais responsáveis pela produção de programas audiovisuais veiculado no Canal Universitário. Responsáveis: Prof. Vincenzo Cambria e Josimar Carneiro (Música), Profa Laura Rabelo Erber (Artes cênicas), Profas Carla Miguelote e Ana Carolina Coelho (Letras).
11. Estúdio Radamés Gnattali (Bloco 2), Laboratório de Editoração e Gravação Eletrônica (anteriormente chamado de Estúdio Roquette Pinto), com equipamentos de gravação e editoração de música, integrando as disciplinas do Bacharelado e Licenciatura em Música. O Estúdio Radamés Gnattali, inaugurado em 2007, entrou em plena atividade em 2008, com atualização de equipamentos digitais de gravação. Em 2012, com financiamento da FAPERJ, foi realizada a atualização de equipamentos do estúdio. O estúdio conta com um técnico especializado em gravação. Responsável: Direção do IVL e supervisão do Prof. Bryan Holmes.
12. LEG‐M4 (Bloco 2): Laboratório de editoração e gravação eletrônica Elizabeth Travassos (Bloco 2), com computadores, impressora e arquivos, projeto‐piloto com coleções etnográficas, promovendo digitalização de documentos produzidos em pesquisas etnográficas de professores e alunos da UNIRIO, parceria com o Centro Nacional de Folclore e Cultura Popular do IPHAN/MinC. Responsável: Prof. Alvaro Neder.
13. Laboratório do Grupo Música Urbana no Brasil (Bloco 2), equipado com computadores, impressora e arquivos. Responsável: Prof. Pedro Aragão.
14. Labtest – M (Bloco 2) Laboratório de teoria e estética em música, com arquivo e material didático e de pesquisa. Responsável: Prof. Marcos Lucas.
15. Laboratório de Palhetas Simples José Botelho (Bloco 1), com um piano de armário e aparelho de som. Responsável: Prof. Fernando Silveira.
16. Laboratório de Informática do CLA (Bloco 3), equipado com 20 computadores com acesso à internet, apropriado para aulas que utilizem recursos tecnológicos. Responsável: Decania do CLA.
17. Laboratório de Pianos Eletrônicos (Bloco 2): equipado com um projetor multimídia, doze teclados Roland Juno‐Di, um piano digital Yamaha Clavinova CVP‐401 e um Piano Acústico vertical Essenfelder. O Laboratório foi apontado como o primeiro de seu tipo na América do Sul, segundo Maria de Lourdes Junqueira Gonçalves, sua idealizadora. Responsável: Luiz Eduardo De Castro Domingues da Silva.
6.2 Biblioteca
A Biblioteca Setorial do CLA possui o acervo do antigo Conservatório Nacional de Canto Orfeônico e centenas de livros e partituras adquiridos no decorrer desses 50 anos. A biblioteca conta também com acervos pessoais doados, de músicos e artistas. A fonoteca tem acervo de gravações musicais diversas.
A Biblioteca foi escolhida como depositária nacional do conjunto de itens recebidos pelo Programa Qualis Artes da CAPES, espelhando a produção dos Cursos de pós‐graduação em artes brasileiros entre 2007 e 2009, já disponível no catálogo on‐line. É também a sede das avaliações desses cursos realizadas em 2009 e 2010.
Já em produtos e serviços, a Biblioteca segue oferecendo consulta local e orientação para pesquisa e uso do acervo (incluindo atendimento especializado às demandas de áreas específicas do conhecimento), empréstimo domiciliar, empréstimo entre bibliotecas, elaboração de fichas catalográficas, comutação bibliográfica (COMUT), espaço e parcerias para cursos e palestras, atividades de capacitação de usuários que incluíram técnicos, docentes e discentes. Quanto ao desenvolvimento da infraestrutura, o Sistema de Bibliotecas recebeu novos equipamentos de informática através do plano de TI da universidade, com impacto imediato e direto na qualidade dos serviços prestados. A Biblioteca Central dispõe de laboratórios de informática com rede wireless e as bibliotecas setoriais contam com terminais, oferecendo acesso à Internet e prestando apoio indispensável às pesquisas dos usuários internos e externos à UNIRIO. Além de pesquisas, essas instalações têm sido muito utilizadas para treinamentos e aulas. Foram recebidos equipamentos para montagem de uma Sala Inteligente na Biblioteca Central, o que possibilitará teleconferências e aulas digitais.
A biblioteca dispõe de ambientes especiais de estudo: dois salões de leitura coletiva, um salão de estudos individuais, 04 cabines de estudo em grupo, uma sala multimídia equipada com computador, lousa eletrônica e aparelho de videoconferência, fonoteca, Sala de Obras Raras e Especiais. Também oferece os Laboratórios Eterna, espaço de pesquisa multiusuários, destinado a conservação e restauro de papel, com posterior digitalização (scanner planetário), Laboratório de Informática Santander, com 15 microcomputadores para usuários; e um setor especial, de Biblioteca Infantojuvenil, com ênfase em literatura.